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Neste sábado, a Ucrânia alertou que, segundo informações de seus serviços de inteligência, a Rússia planeja atacar instalações nucleares para restringir ainda mais a geração de eletricidade no país antes do inverno.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrí Sibiga, afirmou que os ataques podem afetar “sistemas de distribuição em usinas nucleares e subestações de transmissão, essenciais para o funcionamento seguro da energia nuclear”. Ele enfatizou: “Um dano a essas instalações representa um alto risco de um incidente nuclear com consequências globais”.
Sibiga também mencionou que Kiev informou seus aliados e o Organismo Internacional de Energia Atômica (OIEA) sobre a situação. Ele ressaltou que “a Rússia é o único país na Europa que ocupou uma usina nuclear e usa isso como chantagem contra o mundo”, referindo-se à usina nuclear de Zaporizhzhia.
Os ataques russos ao sistema energético da Ucrânia levaram as autoridades a implementar interrupções sistemáticas no fornecimento de eletricidade durante o verão, e há temores de que a situação possa se agravar ainda mais no inverno.
Em outra questão, mais cedo, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, afirmou que as iniciativas de paz propostas por China e Brasil visam dificultar uma solução diplomática justa e duradoura para a guerra na Ucrânia, beneficiando Moscou ao mesmo tempo.
Em uma conversa com jornalistas, a qual foi divulgada pela agência Interfax, Zelensky comentou que, quando a Ucrânia apresentou sua Fórmula de Paz, “uma iniciativa chinês-brasileira ou brasileira-chinesa surgiu paralelamente”, que Kiev analisou detalhadamente e debateu com alguns parceiros.
O presidente ucraniano duvidou da sinceridade da iniciativa, sugerindo que ela serve mais para obstruir “qualquer decisão diplomática a favor da justiça” e favorecer Moscou. Segundo ele, essas propostas não contêm um plano concreto com ações específicas, mas sim generalidades que “sempre escondem algo”.
Zelensky também rejeitou a ideia de um “Minsk 3”, em referência aos acordos assinados na capital bielorrussa que estavam em vigor antes da invasão russa em fevereiro de 2022. “Porque em cinco, oito ou dez anos, a guerra voltará com ainda mais intensidade por parte da Federação Russa. Não podemos permitir isso”, afirmou.
O presidente insistiu que a solução para o conflito de forma duradoura e justa passa pela implementação de seu “Plano de Vitória”, que constitui um “ponte” para a segunda cúpula de paz que Kiev pretende realizar, na qual espera a participação da Rússia.
“O Plano de Vitória apresenta passos rápidos e concretos de nossos parceiros estratégicos, de agora até o final de dezembro. Ações concretas que dependem exclusivamente de nossos aliados”, afirmou Zelensky.
Ele também planeja apresentar esse plano ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e aos candidatos presidenciais Kamala Harris e Donald Trump na próxima semana, quando viajará a Nova York para a Assembleia Geral da ONU.
(Com informações da EFE)