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O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, acusou nesta segunda-feira (23) Israel de tentar ampliar o conflito no Oriente Médio e negou que o Irã esteja desestabilizando a região, em mesa redonda na sede da ONU, em Nova York (EUA).
Pezeshkian assumiu o cargo em julho e fez sua estreia na ONU em meio aos bombardeios de Israel no Líbano, em resposta a ataques do Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã.
Após sua posse, as tensões aumentaram com o assassinato de Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, em Teerã, em uma operação atribuída a Israel. Ele mencionou os apelos do Ocidente para evitar represálias do Irã, visando a não prejudicar os esforços dos EUA por um cessar-fogo na guerra de Gaza.
Sem comentar diretamente sobre uma possível resposta iraniana, Pezeshkian afirmou que frequentemente se ouve que a paz está próxima, mas nunca se concretiza.
Segundo ele, Israel tenta criar um conflito maior ao cometer atrocidades diárias e matar civis, enquanto acusa o grupo terrorista Hezbollah.
O Irã apoia o Hamas, cujo ataque de 7 de outubro matou 1.205 pessoas, a maioria civis, segundo números israelenses.
Em outra frente, Israel e Hezbollah têm trocado ataques desde o início do conflito, com o grupo libanês disparando foguetes em apoio aos palestinos e ao Hamas.
Após uma semana de ataques no Líbano que causaram dezenas de mortes e milhares de feridos, Israel bombardeou Beirute, matando Ibrahim Aqil, comandante do Hezbollah, e cerca de 50 pessoas.
O líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, prometeu uma “punição justa” em resposta ao ataque.