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O Ministério da Saúde do Líbano informou que 356 pessoas morreram e mais de 1.246 ficaram feridas em um ataque aéreo amplo realizado por Israel nesta segunda-feira (23). Antes do bombardeio, Israel alertou a população civil libanesa para se afastar “imediatamente” de supostas posições e depósitos de armas do Hezbollah.
De acordo com o governo libanês, entre as vítimas, estão 21 crianças e 31 mulheres, e os ataques transformaram esta segunda (23) no dia mais sangrento no Líbano em mais de 18 anos, desde a guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah.
As autoridades libanesas afirmaram que os mortos e feridos incluem mulheres, crianças e profissionais de saúde. Israel atacou cerca de 800 alvos do Hezbollah, em um bombardeio que foi o mais amplo territorialmente desde o início da troca de agressões entre as partes, há quase 1 ano.
Os moradores das áreas atacadas receberam mensagens de texto e voz alertando sobre os bombardeios, sendo este o primeiro alerta do tipo em quase um ano de conflito.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, denunciou um “plano de destruição” executado por Israel, caracterizando a agressão como uma “guerra de extermínio”. Mikati pediu à ONU e a países influentes para “dissuadir a agressão”.
O ministro do Interior do Líbano anunciou a conversão de escolas em abrigos em Beirute, Trípoli e no sul do país, enquanto as aulas em escolas e universidades foram canceladas.
O Ministério da Saúde libanês também ordenou o cancelamento de cirurgias eletivas para atender os feridos.
Os ataques israelenses se concentraram em cidades ao longo da fronteira sul do Líbano e no Vale do Bekaa, área que não havia sido atingida anteriormente.
Segundo o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, residências no Vale do Bekaa estariam sendo usadas para alojar mísseis e drones, com o objetivo de neutralizá-los antes do lançamento.
O Hezbollah afirmou ter retaliado com o disparo de “dezenas” de mísseis em direção a Israel, visando depósitos de armas da base militar de Nimra. Israel confirmou 35 disparos, com alguns deles caindo em terra sem vítimas.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que estava mudando o balanço de forças na fronteira norte e que os bombardeios estavam destruindo “milhares” de mísseis e foguetes. Mais de 1 milhão de civis em Israel tiveram que buscar abrigo devido aos ataques.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, pediu obediência às sirenes de alerta e enfatizou a importância da disciplina da população.
A troca de agressões entre Israel e Hezbollah se intensificou desde a escalada do conflito entre Israel e Hamas em Gaza. O Hezbollah justificou seus ataques como retaliação ao massacre de palestinos na Faixa de Gaza, iniciado após os ataques terroristas de 7 de outubro de 2023.
Em consequência dos bombardeios, moradores do norte de Israel foram evacuados, e Gallant indicou que as operações no Líbano continuariam até que os israelenses evacuados pudessem retornar em segurança, sugerindo um conflito prolongado.