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As Forças Armadas de Israel (FDI) realizaram novos bombardeios contra alvos no Líbano e na Síria nesta sexta-feira (27), poucas horas antes do discurso do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na Assembleia Geral da ONU.
Em meio a apelos internacionais por contenção e desescalada para evitar uma guerra regional, os militares israelenses relataram a morte de integrantes da liderança do Hezbollah, enquanto autoridades libanesas denunciaram que os ataques continuam a causar vítimas civis, incluindo 9 pessoas de uma mesma família. O Hezbollah, por sua vez, lançou projéteis contra Israel, resultando em feridos.
Desde a madrugada, os confrontos entre as forças israelenses e o Hezbollah têm sido contínuos ao longo da fronteira. Um dos primeiros bombardeios israelenses atingiu a cidade de Shebaa, no sul do Líbano, onde nove pessoas, incluindo quatro menores de idade, foram mortas, de acordo com autoridades locais.
O Exército israelense afirmou ter destruído dezenas de alvos ligados à infraestrutura do Hezbollah, incluindo bases de lançamento de foguetes que teriam sido utilizadas para ataques contra Israel, incluindo Haifa.
Na Síria, o Ministério da Defesa do governo de Bashar al-Assad informou que cinco soldados foram mortos em um novo ataque israelense. Na quinta, Israel já havia bombardeado bases na fronteira sírio-libanesa. Embora as forças regulares sírias não tenham atacado Israel diretamente, o país é acusado de servir como base para operações do Hezbollah e para o trânsito de armas iranianas destinadas à milícia libanesa.
A Síria faz parte do Eixo da Resistência, uma aliança informal liderada pelo Irã que se opõe à influência ocidental e ao Estado de Israel.
Ataques contra Israel também foram registrados a partir do sul do Oriente Médio, com os rebeldes Houthis do Iêmen, outro grupo do Eixo da Resistência, confirmando o lançamento de projéteis em apoio ao Hamas. O grupo já havia atuado em ataques contra embarcações pró-Israel no Mar Vermelho.
Informações da TV Al-Arabiya indicam que Mohammed Srur, chefe do sistema de drones do Hezbollah, morto na quinta-feira, havia estado no Iêmen três dias antes de sua morte.
Os sistemas de defesa israelenses conseguiram interceptar a maioria dos projéteis lançados contra o país, ou eles caíram em áreas desabitadas, mas houve relatos de feridos, incluindo um homem de 25 anos em Tiberíades.
Os bombardeios ocorrem às vésperas do discurso de Netanyahu na ONU, que será realizado sob a pressão de aliados internacionais, como EUA e França, que buscam uma desescalada, e de membros da sua coalizão de governo, que defendem a manutenção da pressão total contra o Hezbollah e o Hamas.
Autoridades ocidentais, como o presidente americano Joe Biden, têm apelado para que Israel busque soluções diplomáticas, ao mesmo tempo em que defendem o direito do país à autodefesa.
A proposta franco-americana de um cessar-fogo de 21 dias no Líbano foi rejeitada por Israel na quinta-feira, surpreendendo autoridades em Washington, que acreditavam que o país aceitaria a pausa no conflito.