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Nas últimas semanas, o conflito entre Israel e o Hezbollah, grupo extremista libanês, escalou significativamente, resultando na eliminação de importantes figuras do alto escalão da organização. Entre os mortos está o líder máximo do grupo, Hassan Nasrallah, cuja morte foi anunciada neste sábado pelas Forças de Defesa de Israel (FDI).
De acordo com o tenente-coronel Nadav Shoshani, porta-voz das FDI, Nasrallah e a “maioria dos líderes de alto escalão” do Hezbollah foram eliminados em uma série de ataques aéreos realizados nos últimos dias. Em comunicado, o exército israelense afirmou que a operação representou um golpe severo para o grupo terrorista que, há décadas, atua na região.
Ataque aéreo em Beirute
A morte de Nasrallah ocorreu na última sexta-feira, durante um ataque aéreo realizado pela Força Aérea Israelense (IAF) em Beirute. Segundo as FDI, o alvo da operação foi o quartel-general central do Hezbollah, que estava disfarçado sob um prédio residencial na capital libanesa. No momento do ataque, Nasrallah e outros líderes do grupo estavam reunidos para planejar novas ações terroristas.
Entre as vítimas também está Ali Karki, comandante do Front Sul do Hezbollah, além de outros importantes membros da organização extremista.
Golpes contínuos contra o Hezbollah
O ataque contra Nasrallah e Karki não foi o único. Na última sexta-feira, as FDI também confirmaram a morte de Mohamed Ali Ismail, comandante da unidade de mísseis do Hezbollah no sul do Líbano, e seu adjunto Husein Ahmed Ismail, durante bombardeios direcionados a posições estratégicas do grupo em diferentes partes do país. A operação fez parte de uma série de ataques coordenados, com o objetivo de desmantelar a infraestrutura militar do Hezbollah.
Outros líderes também foram abatidos nos últimos dias. Em um bombardeio seletivo realizado na última quinta-feira, Muhammad Hussein Sarour, chefe das forças aéreas do Hezbollah, foi morto. Segundo as FDI, Sarour era responsável por coordenar ataques aéreos, incluindo o uso de drones e mísseis de cruzeiro. Sua eliminação é vista como um golpe significativo na capacidade de ataque aéreo do grupo.
Além disso, Ibrahim Muhammad Qabisi, chefe da força de mísseis e foguetes do Hezbollah, foi eliminado em outra operação israelense. Ele estava à frente de parte do arsenal de mísseis de longo alcance da organização, e sua morte representa uma redução expressiva no poder militar do Hezbollah.
Hezbollah enfraquecido
As autoridades israelenses destacaram que esses sucessivos ataques têm desmantelado a infraestrutura militar que o Hezbollah construiu ao longo das últimas duas décadas. “Estamos atingindo alvos críticos e nos preparando para as próximas fases”, afirmou o chefe do Estado-Maior das FDI, tenente-general Herzi Halevi. Ele também mencionou que o objetivo final é garantir a segurança da região e permitir que os residentes deslocados do norte de Israel retornem a suas casas.
Reação do Irã
O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, admitiu que a perda de líderes do Hezbollah representa um golpe significativo para o grupo extremista, que conta com o apoio iraniano. No entanto, Khamenei destacou que, embora a eliminação dessas figuras tenha prejudicado a organização, isso não será suficiente para enfraquecê-la a ponto de sua rendição.
“A morte de algumas das nossas forças mais valiosas, sem dúvida, causou danos ao Hezbollah, mas não foi o tipo de dano que possa colocar o grupo de joelhos”, disse Khamenei durante uma reunião com militares e veteranos iranianos.
Escalada no conflito com Hamas
Enquanto as operações contra o Hezbollah continuam, Israel também enfrenta o grupo palestino Hamas, que tem intensificado seus ataques. A morte de líderes como Ismail Haniyeh e Saleh al-Arouri, fundadores do braço militar do Hamas, marcou outro ponto crítico no cenário de segurança da região. As FDI não confirmaram diretamente a responsabilidade pelas mortes, mas analistas apontam para a estratégia de “negação plausível” frequentemente usada por Israel em operações de alto risco.