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O Exército de Israel anunciou o início de uma operação militar terrestre no Líbano. As Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que a incursão “seletiva e limitada” começou nesta segunda-feira no sul do Líbano, com o objetivo de atacar alvos e infraestruturas da organização terrorista Hezbollah.
“De acordo com uma decisão de nível político, as Forças de Defesa de Israel (FDI) iniciaram há algumas horas uma operação terrestre seletiva e delimitada no sul do Líbano contra alvos terroristas e infraestruturas da organização terrorista Hezbollah, em várias aldeias próximas à fronteira, que representam uma ameaça imediata e real para os assentamentos israelenses na fronteira norte”, anunciaram as FDI em sua conta na rede social X.
A incursão é uma extensão da Operação Flechas do Norte das FDI, lançada no início deste mês contra o Hezbollah, e ocorre simultaneamente aos combates em Gaza e outros cenários, acrescentou o exército.
O governo israelense, reunido nesta noite, aprovou a próxima fase de suas “operações” bélicas no Líbano, confirmou uma fonte familiarizada com as discussões ao jornal Haaretz, sem dar mais detalhes.
Cerca de quatro horas atrás, o Exército já declarou várias comunidades a poucos quilômetros da linha divisória com o Líbano como “zona militar fechada”, proibindo a entrada de qualquer pessoa nessas áreas, o que pode ser um sinal de preparativos militares nessas regiões.
Enquanto isso, o Exército israelense pediu na noite de segunda-feira aos civis libaneses que evacuassem várias áreas do subúrbio sul de Beirute, conhecido como Dahye e bastião do Hezbollah, onde a Al Jazeera confirmou vários bombardeios, alguns dos mais intensos registrados na última semana.
Por sua vez, o Hezbollah confirmou que lançou ataques aéreos contra as tropas israelenses concentradas na fronteira norte de Israel, enquanto os bombardeios de artilharia continuam no sul do Líbano.
O grupo xiita libanês emitiu um comunicado após a meia-noite informando que o alvo de seus ataques eram tropas israelenses implantadas na fronteira.
O ataque ocorreu, segundo o Hezbollah, contra “soldados inimigos israelenses” na entrada do assentamento de Shtula, usando “projetéis de artilharia” que conseguiram “um impacto direto”.
Os ataques israelenses aumentaram desde meados de setembro e resultaram na morte de grande parte da cúpula do Hezbollah, incluindo seu secretário-geral, Hassan Nasrallah, morto na última sexta-feira em um bombardeio em Beirute.
Na madrugada de hoje, o governo libanês confirmou que, nas últimas 24 horas, ocorreram no país um total de 95 mortos e 172 feridos devido aos ataques israelenses.
A região com mais mortes foi o Vale do Bekaa, no leste do Líbano, onde ocorreram 59 mortes e 65 feridos, enquanto em Nabatieh, no sul, foram 16 mortos e 55 feridos, e na capital, 20 mortos e 52 feridos.
Esses números se somam a mais de mil pessoas que morreram e cerca de um milhão que tiveram que fugir de suas casas nas últimas duas semanas diante da brutal campanha de bombardeios de Israel, direcionada principalmente ao sul e ao leste do Líbano, mas também à periferia sul de Beirute.
(Com informações da EFE, AFP e AP)