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O grupo terrorista libanês Hezbollah afirmou ter realizado dois ataques na região de Metula, no norte de Israel e sul do Líbano, nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (1º), em resposta a uma incursão militar israelense.
Segundo o Hezbollah, o ataque foi direcionado a soldados israelenses, utilizando artilharia e mísseis, que teriam atingido o alvo com sucesso.
O grupo terrorista declarou que a ofensiva foi realizada em apoio ao povo palestino em Gaza e em defesa do Líbano e de sua população.
O exército israelense confirmou que aproximadamente cinco projéteis foram disparados do Líbano, sendo que alguns foram interceptados e outros identificados ao cair na área, sem especificar a localização exata.
Em um outro episódio, o exército disse ter interceptado dois projéteis vindos do Líbano, e sirenes foram acionadas na área de Bar’am, no norte de Israel, onde um projétil foi detectado e caiu em uma área aberta.
Além disso, várias explosões, colunas de fumaça e clarões de luz foram observados próximos à vila libanesa de Aadaysit Marjaayoun.
O exército israelense anunciou o início de uma “operação terrestre limitada” no sul do Líbano, afirmando que a ação foi realizada contra alvos e infraestruturas do Hezbollah em várias vilas próximas à fronteira, consideradas uma ameaça direta aos assentamentos israelenses.
A operação foi precedida por horas de bombardeios israelenses no Líbano e ocorreu em meio a restrições de movimentação para civis em cidades fronteiriças de Israel.
Os ataques aéreos israelenses têm se intensificado no Líbano, e o dia 23 de setembro foi o mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais. Israel alega que os alvos são membros do Hezbollah e sua infraestrutura militar.
A ofensiva atingiu diversas áreas, inclusive a capital libanesa, Beirute, levando milhares de pessoas a se refugiarem e a abandonarem cidades no sul do país. O governo israelense também não descartou uma incursão terrestre.
O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense em Beirute, conforme informado pelo grupo. A escalada de confrontos entre Hezbollah e Israel teve início após o começo da guerra na Faixa de Gaza.
O Hezbollah, aliado do Hamas, intensificou os ataques depois que o grupo palestino invadiu Israel em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Com os bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel foram deslocados, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reiterou a promessa de que esses cidadãos voltarão para suas casas. Em 17 de setembro, Israel estabeleceu oficialmente o retorno desses moradores como um dos objetivos de guerra.
Até o momento, dois adolescentes brasileiros perderam a vida nos ataques, e o Itamaraty condenou a situação, pedindo o fim das hostilidades. O governo brasileiro também está avaliando a possibilidade de uma missão de resgate.