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Dois soldados israelenses morreram e 24 ficaram feridos em um ataque com drones originado do Iraque na madrugada de quinta-feira, anunciaram as Forças de Defesa de Israel (FDI).
Os soldados mortos foram identificados como Daniel Aviv Haim Sofer, sargento de 19 anos, e Tal Dror, um cabo da mesma idade. Ambos pertenciam ao 13º Batalhão da Brigada Golani, de Jerusalém.
De acordo com uma investigação das FDI, no ataque foram lançados dois drones carregados de explosivos do Iraque, um dos quais foi abatido pelas defesas aéreas, enquanto o outro atingiu uma base do exército no norte dos Altos do Golã.
Além dos dois soldados mortos, outros 24 ficaram feridos no ataque, incluindo dois em estado grave, um em estado moderado e 21 com ferimentos leves.
A notícia surgiu após o exército israelense afirmar nesta sexta-feira que matou cerca de 100 milicianos do Hezbollah no sul do Líbano durante o último dia, conforme informou o jornal local The Times of Israel.
Os milicianos do grupo pró-iraniano morreram tanto pelos constantes bombardeios de Israel no sul do país – apenas nesta manhã, o exército ordenou a evacuação de 37 aldeias que se tornaram alvos da aviação israelense – quanto pelos combates terrestres entre soldados e integrantes do Hezbollah.
Com a confirmação do falecimento desses dois soldados, 11 já perderam a vida até o momento devido a esses combates, que começaram quando o exército lançou suas operações terrestres “limitadas” no sul do Líbano na madrugada de terça-feira.
“Sob a direção da 36ª Divisão, os soldados da 188ª Brigada Blindada realizaram incursões terrestres limitadas e localizadas”, informou um comunicado militar sobre os movimentos das tropas.
Os soldados atuaram contra centros de comando do Hezbollah que, segundo o exército, estavam infiltrados em aldeias civis.
“Nas últimas 24 horas, as tropas descobriram munições de lançadores de foguetes, mísseis antitanque e foguetes dentro de uma residência”, acrescentaram as forças armadas, que afirmaram ter encontrado o arsenal ao lado de uma cama em um quarto que exibia um quadro do ex-líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.
Israel matou o líder do grupo pró-iraniano na última sexta-feira em um bombardeio em Beirute, desencadeando um ataque massivo em resposta do Irã – também em retaliação pela morte do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã – contra seu território, no qual a república islâmica lançou cerca de 180 mísseis balísticos.
Na madrugada desta sexta-feira, a aviação israelense bombardeou vários alvos nos subúrbios meridionais de Beirute, conhecidos como Dahye, onde a intensidade dos ataques fez com que vários prédios desabassem, e a imprensa israelense afirma que foi atacado o candidato a líder do grupo xiita Hezbollah, Hashem Safi al Din.
Israel e Hezbollah estão em conflito desde o início da guerra na Faixa de Gaza em outubro de 2023, mas a violência aumentou a um nível sem precedentes há cerca de dez dias, quando as forças israelenses iniciaram uma campanha de bombardeios massiva que devastou localidades e vilarejos inteiros. Nesse contexto, há uma semana, o Dahye tem sido alvo de intensas ondas de ataques aéreos praticamente todos os dias.