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Greta Thunberg é detida novamente em protesto em Bruxelas

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Greta Thunberg foi detida novamente neste sábado (5) durante uma manifestação em Bruxelas que exigia o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis na União Europeia. A ação foi organizada por uma série de movimentos europeus sob o nome “Unidos pela Justiça Climática” (UCJ, na sigla em inglês).

 

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Thunberg estava entre cerca de 150 ativistas que fizeram uma sentada às 14h30 (horário local) no central Boulevard do Jardim Botânico. Enquanto isso, outros manifestantes se concentravam de forma festiva na Praça de Luxemburgo, em frente ao Parlamento Europeu, de onde partiram em marcha até a Praça Merode, próxima ao Parque do Cinquentenário, no bairro europeu.

Segundo informações da agência EFE, a ativista sueca e os demais manifestantes que participaram da sentada perto da estação de metrô Rogier foram retirados pela polícia, que os alertou por meio de um megafone, poucos minutos após o início do bloqueio do Boulevard do Jardim Botânico, de que seriam detidos se não desocupassem a via, o que acabou acontecendo.

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“Esta crise climática, que só está se agravando, é existencial. A cada segundo que nossos líderes continuam a financiar combustíveis fósseis, estão afetando todas as gerações futuras”, afirmou Thunberg antes de iniciar a sentada.

Os ativistas que fazem parte da plataforma Unidos pela Justiça Climática, composta por cerca de 30 associações, pedem o fim do apoio governamental à economia dos combustíveis fósseis em toda a União Europeia (UE).

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A manifestação deste sábado ocorre após uma carta aberta enviada pela UCJ no dia 1º de outubro aos presidentes das instituições da UE, que foi assinada por mais de 130 acadêmicos e organizações, incluindo a Oxfam e o Greenpeace.

A correspondência foi endereçada à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; ao atual presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e ao próximo, Antonio Costa; à presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola; e aos comissários europeus designados (incluindo a espanhola Teresa Ribera) para fazer parte do próximo Executivo comunitário.

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“Exigimos que a União Europeia vá além das promessas e adote medidas concretas e imediatas para cumprir as iniciativas descritas no oitavo Programa de Ação Ambiental durante o próximo ciclo legislativo. Esperamos ver planos para a eliminação progressiva dos subsídios aos combustíveis fósseis no próximo programa de trabalho da Comissão”, diz a carta.

Os subsídios aos combustíveis fósseis “distorcem a demanda de energia, perpetuam a dependência de fontes de energia poluentes e prejudicam a segurança energética europeia, ao mesmo tempo que apoiam indústrias que contribuem significativamente para as emissões de gases de efeito estufa”, acrescenta a correspondência.

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Os ativistas destacam que essas ajudas entram em contradição com os próprios objetivos ambientais da UE e “alimentam a crise climática global, afetando desproporcionalmente as comunidades vulneráveis na Europa e no Sul Global”.

Por isso, eles instam os líderes da UE a “dar o exemplo” e implementar um compromisso para eliminar os subsídios prejudiciais ao meio ambiente em toda a UE até 2025, alinhando-se ao Acordo de Paris.

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“Os combustíveis fósseis são a principal causa da crise climática. Vamos parar já com os subsídios aos combustíveis fósseis!”, clamam os organizadores em seu site dedicado à manifestação, chamado “Pare com os Combustíveis Fósseis”.

De acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), os subsídios aos combustíveis fósseis ultrapassaram 400 bilhões de euros em 2023 na União Europeia.

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No entanto, “fomentam o uso de carvão, petróleo e gás, que são os principais responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa e contribuem significativamente para a crise climática”, explicou a organização da manifestação, que contou com a participação dos movimentos Extinction Rebellion e Code Red-Rood, entre outros.

Além de Greta Thunberg, também participaram dessa jornada de protesto o ativista ugandense Nicholas Omonuk e o congolês François Kamate.

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(Com informações da EFE)

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