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A aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou nesta segunda-feira (07), por volta das 12h30 (horário de Brasília), de Beirute, capital do Líbano, com 227 passageiros e 3 animais de estimação. A repatriação ocorre em meio aos conflitos entre Israel e o grupo terrorista libanês Hezbollah.
Esta é a 2ª fase da Operação Raízes do Cedro, que visa o retorno de brasileiros e seus familiares. Entre os passageiros resgatados nesta etapa, destacam-se 49 crianças, incluindo sete bebês.
O voo fará uma escala em Lisboa, Portugal, para reabastecimento e deve chegar ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na manhã de terça-feira (08).
No último fim de semana, 229 brasileiros já haviam retornado ao país, desembarcando na Base Aérea de Guarulhos, onde foram recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Com o novo resgate, o total de passageiros repatriados até o momento chega a 456, entre brasileiros e familiares.
O Ministério das Relações Exteriores brasileiro estima que cerca de 3 mil brasileiros estejam deixando o Líbano devido ao conflito, embora esse número possa variar com o desenrolar da situação.
A comunidade brasileira no Líbano, com aproximadamente 20 mil pessoas, é a maior da região, superando a de Israel (14 mil), Emirados Árabes Unidos (9,6 mil) e Jordânia (3 mil).
A prioridade no resgate está voltada para crianças, mulheres, idosos e brasileiros não residentes na zona de conflito. O comandante da FAB, brigadeiro Marcelo Damasceno, afirmou que a repatriação semanal pode atingir cerca de 500 brasileiros, mas essa média poderá ser ajustada conforme a intensificação ou diminuição dos conflitos.
A operação envolve articulações entre a Força Aérea e o Itamaraty, com o presidente Lula participando diretamente em algumas situações. Caso os bombardeios israelenses se intensifiquem nas proximidades do aeroporto de Beirute, a aeronave da FAB aguardará um momento mais seguro para prosseguir com o resgate.
Além do KC-30, que tem capacidade para 230 passageiros, a FAB também pode utilizar o KC-390, que comporta até 90 pessoas, conforme ocorreu na repatriação de brasileiros em Israel no ano passado. Nessas missões, o governo brasileiro costuma enviar médicos e psicólogos para oferecer apoio aos repatriados.