Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
O grupo terrorista libanês Hezbollah lembrou nesta segunda-feira (07) os ataques do grupo terrorista palestino Hamas em território israelense, ocorridos em 7 de outubro do ano passado, afirmando que Israel é um câncer que deve ser eliminado, sem lugar na região nem no tecido social, cultural e humano.
Em um comunicado divulgado pela agência de notícias oficial libanesa ANN, o Hezbollah classificou como “heroica” a operação do Hamas que resultou em mais de 1.200 mortes, a maioria civis, e 251 sequestros.
Segundo o grupo, esse ataque foi uma manifestação da vontade palestina de confrontar a agressão, a injustiça e a ocupação que aflige seu povo desde 1948, e terá efeitos históricos e estratégicos em toda a região até que a justiça seja alcançada e os palestinos obtenham seus direitos legítimos à sua terra.
O Hezbollah observou que, apesar da brutalidade da ocupação, que causou o martírio de dezenas de milhares de palestinos e a destruição sem precedentes da Faixa de Gaza, Israel mostrou-se frágil e incapaz de persistir sem o apoio dos Estados Unidos. O grupo reiterou que não há espaço para a entidade sionista temporária na região e que ela deve ser eliminada, independentemente do tempo que isso levar.
Além disso, o Hezbollah acusou os Estados Unidos e seus aliados de serem cúmplices na agressão e nos crimes contra os povos palestino e libanês, ressaltando que eles têm total responsabilidade pela carnificina e tragédias humanas devastadoras. O grupo também elogiou a resistência dos palestinos, que, segundo ele, merecem a vitória após um ano de paciência, resistência e heroísmo, e destacou a força dos houthis do Iémen, das milícias do Iraque e do governo do Irã pelos seus ataques a Israel em apoio aos povos palestino e libanês.
Sobre a decisão do Hezbollah de bombardear Israel em apoio aos palestinos em Gaza, o grupo afirmou que essa ação foi tomada em defesa da verdade, da justiça e da humanidade, bem como em defesa do Líbano e de seu povo, que pagaram um preço alto em liderança, estrutura material e militar, além do deslocamento de centenas de milhares de civis.
Os ataques do Hamas, ocorridos há um ano, provocaram uma invasão de retaliação israelense na Faixa de Gaza, resultando na morte de pelo menos 42.000 pessoas, a maioria civis, incluindo mulheres e crianças, de acordo com o próprio Hamas, e na devastação total do território palestino.
O fogo cruzado entre Hezbollah e Israel, intensificado nas últimas semanas, culminou em uma campanha de bombardeio israelense sem precedentes no Líbano, que deixou cerca de 1,2 milhão de deslocados, mais de 2.000 mortos e milhares de feridos.