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“Há um ano, acendeu-se o pavio do ódio, que não foi apagado, mas explodiu em uma espiral de violência, na vergonhosa incapacidade da comunidade internacional e dos países mais poderosos de silenciar as armas e pôr fim à tragédia da guerra”, afirmou o pontífice.
Desde o ataque terrorista do Hamas, em outubro de 2023, a Faixa de Gaza sofre bombardeios e enfrenta um dos maiores desafios de reconstrução da História recente. A destruição física se soma a um impacto humano que dificilmente será reparado.
De acordo com a UNRWA, cerca de 1,9 milhão de pessoas foram deslocadas desde a invasão israelense em Gaza, o que representa quase 90% da população do território. Mesmo que os combates cessassem, a maioria não teria para onde retornar — aproximadamente 80% das infraestruturas foram destruídas, incluindo residências, usinas de dessalinização e geradores de energia. Para muitos, as tendas improvisadas são e continuarão sendo seus lares.
Em agosto, a ONU estimou que há aproximadamente 42 milhões de toneladas de escombros em Gaza, quantidade que formaria uma linha de caminhões de entulho do Rio de Janeiro até Nova Délhi.
Além disso, a população enfrenta escassez de alimentos. A entrada de suprimentos foi drasticamente reduzida, e uma análise de imagens de satélite feita pela rede Al Jazeera indica que até 60% das terras agricultáveis foram destruídas, junto com poços, estufas e painéis solares. Um relatório da ONU, de junho, aponta que a fome extrema afeta cerca de 22% dos habitantes de Gaza.