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As Forças de Defesa de Israel (FDI) abatiram um esquadrão terrorista do Hamas que operava a partir de uma escola em Gaza. As tropas israelenses ingressaram no bairro de al-Burij, onde “eliminaram terroristas que se haviam fortificado em um local que anteriormente funcionava como escola e era utilizado pelo Hamas como ponto de combate e concentração de terroristas para atacar nossas forças”, informou o Exército em um comunicado publicado em seu site.
O comunicado detalhou: “Na área da escola, as FDI localizaram terroristas que dispararam mísseis antitanque das janelas das salas de aula, e também encontraram armas e munições. A brigada destruiu posições de franco-atiradores, posições antitanque, complexos residenciais de terroristas do Hamas e depósitos de armas”.
Em um dos vídeos divulgados pelas FDI, é possível ver soldados israelenses entrando no complexo e disparando contra os terroristas. Também é visível um tanque e outros soldados dentro de um veículo. Em outro vídeo, mostraram o ataque contra uma das janelas.
As forças israelenses afirmaram que o objetivo dos ataques é um “posto de controle de operativos terroristas”, mas não forneceram detalhes sobre a quantidade de abatidos na operação.
Elas descreveram o ataque como uma “ação de precisão” e explicaram que, antes da operação, “foram tomadas todas as medidas necessárias para mitigar o risco de danos a civis, incluindo o uso de munição precisa, vigilância aérea e informações de inteligência”.
“Cada casa é uma base terrorista”
Por sua vez, o porta-voz das FDI, Daniel Hagari, cruzou a fronteira para o Líbano e, do sul desse país vizinho, gravou um vídeo em que percorre o interior de uma casa destruída por ataques israelenses, mostrando material militar que supostamente pertencia à milícia chiita Hezbollah, afirmando que “cada casa é uma base terrorista”.
“Cada casa é uma base terrorista; quero que vejam com seus próprios olhos o que encontramos aqui”, destacou Hagari em um vídeo de pouco menos de quatro minutos, no qual entra em uma residência e exibe granadas de mão, rifles de assalto, fuzis e material militar que pertenceriam ao Hezbollah.
Hagari argumentou que o Hezbollah transformou essas localidades no sul do Líbano em um “depósito” à disposição de seus milicianos na guerra contra Israel e para a grande incursão “Conquistar Galileia”, um suposto plano do grupo terrorista libanês, semelhante aos ataques do Hamas em 7 de outubro do ano passado, que detonou a atual guerra regional.
“Isso é um povo libanês, um povo chiita construído pelo Hezbollah. Cada casa tem armas prontas para a incursão contra Israel. Agora estamos indo de casa em casa, confiscando todas essas armas e desmantelando as capacidades do Hezbollah para seu plano de ‘Conquistar Galileia’”, enfatizou Hagari no vídeo, compartilhado pelas FDI em suas redes sociais.
Neste ponto, o porta-voz militar destacou que a incursão terrestre “seletiva e limitada”, iniciada na semana passada contra o sul do Líbano, tem precisamente o objetivo de desarticular todas essas capacidades do Hezbollah, previstas para atacar o território e a população israelense.
EUA asseguram que trabalham para evitar uma maior escalada
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou nesta sexta-feira que seu país está trabalhando “intensamente” para evitar uma maior escalada do conflito no Oriente Médio e para que a via diplomática prevaleça em todos os fronts, incluindo a tensão entre Israel e Irã.
“Trabalhamos todos os dias de maneira intensa para evitar que o conflito se expanda em relação a Líbano, Israel, Irã, os houthis (do Iémen) e todos os atores envolvidos”, disse Blinken em uma coletiva de imprensa em Vientián, com motivo da cúpula de líderes do Sudeste Asiático.
“Infelizmente, o Eixo da Resistência liderado pelo Irã tenta criar mais frentes em outros lugares, mas trabalhamos arduamente em favor da dissuasão e da diplomacia”, acrescentou.
Da mesma forma, Blinken declarou que os Estados Unidos manifestaram a Israel sua preocupação pela falta de ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza. “Estou realmente preocupado com a insuficiência da ajuda que está chegando” aos gazenses do norte, onde o exército israelense intensificou suas operações, disse à imprensa em Laos após a cúpula regional.
Durante sua intervenção na cúpula, o secretário de Estado condenou as manobras “cada vez mais perigosas e ilegais” do regime da China no Mar Meridional.
Antony Blinken está em Vientián, capital de Laos, representando seu país na cúpula anual da ASEAN e parceiros externos, evento ao qual o presidente Joe Biden não compareceu pelo segundo ano consecutivo.
Nesta sexta-feira, Laos acolhe a Cúpula da Ásia Oriental, que conta com a participação, além dos países da ASEAN, de oito parceiros externos: Austrália, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão, Índia, Nova Zelândia e Rússia.
Entre os líderes presentes, estão o primeiro-ministro chinês, Li Qiang; o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi; seu homólogo japonês, Shigeru Ishiba; o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese; e o ministro das Relações Exteriores russo, Serguéi Lavrov.