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O Comando Central do Exército dos EUA (CENTCOM) confirmou neste sábado uma série de ataques aéreos realizados na manhã de sexta-feira contra diversos acampamentos da organização jihadista Estado Islâmico na Síria.
O CENTCOM, que até o momento não tem informações sobre vítimas civis nem revelou a localização exata dos ataques, afirmou em comunicado que os bombardeios visam “interromper a capacidade do Estado Islâmico de planejar, organizar e perpetrar ataques contra os Estados Unidos, seus aliados e a população civil”.
Os Estados Unidos têm realizado ataques na Síria há anos, especialmente no noroeste do país, com foco específico em líderes do Estado Islâmico e da organização Guardiões da Religião, afiliada à Al-Qaeda.
O Estado Islâmico perdeu o controle de seu último reduto em março de 2019, com a tomada de Baghuz pelas Forças Democráticas Sírias (FDS), lideradas pela milícia curda Unidades de Proteção Popular (YPG). No entanto, o grupo jihadista realizou dezenas de atentados nos últimos meses, especialmente na região entre as províncias de Homs, Raqqa e Deir Ezzor.
Enquanto isso, o governo dos EUA ampliou nesta sexta-feira as sanções ao setor petrolífero e petroquímico do Irã em resposta ao ataque que o país lançou contra Israel em 1º de outubro, o segundo ataque deste ano.
O Departamento de Estado informou que as sanções incluem seis entidades envolvidas no comércio de petróleo iraniano e seis navios. Já o Departamento do Tesouro sancionou dez entidades em várias jurisdições e bloqueou 17 embarcações.
O governo dos EUA destacou que com essas medidas “intensifica a pressão financeira sobre o Irã, limitando a capacidade do regime de gerar receitas energéticas essenciais para desestabilizar a região e atacar os parceiros e aliados dos Estados Unidos”.
As sanções se concentram em setores-chave da economia iraniana, visando impedir que as autoridades iranianas usem os recursos financeiros para financiar seu programa nuclear, o desenvolvimento de mísseis, o terrorismo e suas redes aliadas, além de sua influência regional.
No dia 1º de outubro, o Irã lançou cerca de 180 mísseis balísticos contra Israel. A maioria foi interceptada, mas alguns causaram danos em duas bases aéreas e outros atingiram áreas próximas à sede da inteligência do Mossad em Tel Aviv.
A ofensiva iraniana ocorreu após Israel intensificar o conflito militar com o grupo terrorista Hezbollah, do Líbano, desde o início da guerra em Gaza. Nesse contexto, Israel matou o líder do Hezbollah por três décadas, Hassan Nasrallah.
O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou em comunicado que o ataque iraniano poderia ter matado centenas ou até milhares de “inocentes”.
De acordo com Washington, as exportações de petróleo do Irã são viabilizadas por uma rede de facilitadores de embarques ilícitos em várias jurisdições que, “de forma enganosa”, carregam e transportam petróleo iraniano para venda a compradores na Ásia.
Entre as entidades sancionadas pelo Tesouro estão a Luna Prime, com sede em Hong Kong; Elza Shipping, estabelecida na Libéria; Jazira Das International Oil Products Trading LLC, nos Emirados Árabes Unidos; e Rita Shipping Inc, registrada nas Ilhas Marshall.
O Departamento de Estado também sancionou empresas como Strong Roots Provider, Glazing Future Management e Engen Management, todas localizadas no Suriname, além da Celia Armas, em Hong Kong, e alguns navios pertencentes a essas entidades.
Os países do Golfo estão pressionando Washington para impedir que Israel ataque campos petrolíferos, temendo que suas próprias instalações possam ser alvos de representantes de Teerã caso o conflito se agrave, segundo informações de três fontes dos países do Golfo à Reuters.
Nesta quarta-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, conversou por telefone com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reiterando não apenas seu “compromisso inabalável” com a segurança de Israel, mas também uma condenação “inequívoca” ao ataque iraniano.
Como resultado das sanções, os bens e ativos das entidades sancionadas em território dos EUA foram bloqueados, e cidadãos americanos estão proibidos de realizar transações com elas.
(Com informações da Europa Press)