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Uma nova investigação genética sugere que Cristóvão Colombo, famoso explorador do século XV, não era italiano, tampouco originalmente católico, mas sim judeu sefardita, provavelmente originário da Espanha. Essa descoberta, liderada por cientistas espanhóis, pode reescrever a história do navegador que abriu as portas da América aos europeus.
Durante décadas, acreditou-se que Colombo havia nascido em 1451, em Gênova, na Itália. Contudo, muitos historiadores questionaram essa origem, e novas evidências de DNA extraídas dos restos mortais de Colombo, sepultados na Catedral de Sevilha, na Espanha, parecem confirmar essas dúvidas.
“Temos DNA de Cristóvão Colombo, parcial, mas suficiente”, afirmou Miguel Lorente, perito forense e líder da investigação, em um documentário intitulado Columbus DNA: The True Origin, transmitido na Espanha. O estudo também analisou o DNA de Hernando Colón, filho do explorador, encontrando traços genéticos compatíveis com uma origem judaica.
Os pesquisadores acreditam que Colombo tenha ocultado sua identidade judaica ou se convertido ao catolicismo para escapar das perseguições religiosas. Naquela época, os reis católicos Isabel e Fernando obrigaram judeus e muçulmanos a se converterem ou deixarem a Espanha.
A pesquisa, que levou mais de duas décadas para ser concluída, indica que Colombo provavelmente nasceu em algum lugar do oeste da Europa, possivelmente em Valência, na Espanha.
Além da origem incerta, o legado de Cristóvão Colombo está envolto em controvérsias. Embora suas expedições tenham iniciado a colonização europeia nas Américas, sua brutalidade contra os povos indígenas tem sido amplamente condenada. Relatos históricos apontam que Colombo e seus homens mutilaram e exploraram nativos, além de participarem do tráfico de meninas para exploração sexual.