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O Itamaraty emitiu um comunicado nesta segunda-feira (14) condenando a invasão israelense a uma base da Unifil, a força de paz da ONU no Líbano, ocorrida no último domingo (13). No mesmo dia, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu a retirada das forças de paz, alegando que elas estariam atuando como “escudos humanos” para o Hezbollah em meio ao aumento das hostilidades.
A ONU informou que tanques israelenses invadiram uma base da Unifil no sul do Líbano, acusação que se soma a outras denúncias de violações feitas contra Israel, inclusive por aliados.
Segundo a Unifil, dois tanques destruíram o portão principal da base e entraram à força no início da manhã de domingo.
Após a retirada dos tanques, explosões foram registradas a cerca de 100 metros da base, liberando fumaça que causou náuseas entre os funcionários da ONU.
CONFIRA A NOTA COMPLETA DO GOVERNO LULA:
“O Brasil condena veementemente a invasão ontem, 13/10, de base da missão de paz da ONU no Líbano (UNIFIL) pelas forças armadas de Israel.
Dois tanques destruíram o portão principal e invadiram uma base da UNIFIL, onde ficaram 45 minutos, e disparos a tiros foram realizados nas proximidades. Trata-se do terceiro dia com registros de ataques de forças israelenses a integrantes ou instalações da UNIFIL desde a semana passada. Cinco integrantes da missão de paz foram feridos nesses ataques.
Ataques deliberados contra integrantes de missões de manutenção da paz e instalações da ONU são absolutamente inaceitáveis e constituem grave violação do Direito Internacional, do Direito Internacional Humanitário e das resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Como tradicional participante de forças de paz da ONU, incluída a UNIFIL, cuja força-tarefa marítima foi liderada por militares brasileiros entre 2011 e 2021, o Brasil repudia as violações sistemáticas verificadas nos últimos dias.
O governo brasileiro também deplora manifestação do governo israelense, na qual apela pela retirada da UNIFIL do sul do Líbano. A missão de paz foi estabelecida em 1978 pelo Conselho de Segurança e atua desde então na manutenção da paz e da segurança no sul do Líbano. A missão apoia o governo do Líbano na restauração de sua autoridade na área; facilita o retorno de civis deslocados; presta assistência humanitária; e busca garantir que a área não seja usada por grupos armados.
O governo brasileiro reitera a necessidade urgente de cessação das hostilidades”.