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O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Mike Johnson, confirmou neste domingo que está em andamento uma investigação sobre um “vazamento muito preocupante” de documentos secretos americanos, relacionados aos possíveis planos de retaliação de Israel contra o Irã após o ataque com mísseis em 1º de outubro.
“O vazamento é muito preocupante. Existem acusações muito graves. A investigação está em curso e serei informado em algumas horas. Haverá uma reunião de alto nível confidencial e outra em seguida, mas estamos acompanhando de perto”, afirmou Johnson em entrevista ao programa da emissora americana CNN.
Johnson também destacou que conversou no sábado com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para “oferecer apoio”. No entanto, ele esclareceu que não é sua função indicar qual deve ser a resposta israelense.
Os documentos classificados como “ultrassecretos” são datados dos dias 15 e 16 de outubro e foram publicados na internet na última sexta-feira, inicialmente por meio de uma conta no Telegram chamada Middle East Spectator. Eles estão marcados como sendo de acesso restrito ao grupo “Cinco Olhos”, que inclui Austrália, Canadá, Nova Zelândia, Reino Unido e Estados Unidos, e descrevem os preparativos de Israel para um ataque ao Irã.
Um dos documentos, elaborado pela Agência Nacional de Inteligência Geoespacial, revela que o plano de Israel envolve o deslocamento de munições. Outro relatório, da Agência Nacional de Segurança, detalha manobras da Força Aérea israelense com mísseis ar-terra.
Uma fonte citada pela CNN informou que a investigação busca identificar quem teve acesso aos documentos do Departamento de Defesa. Vazamentos desse tipo geralmente ativam automaticamente uma investigação do FBI.
“É verdade que foram vazados planos táticos israelenses para responder ao ataque do Irã em 1º de outubro. É um vazamento grave”, afirmou Mick Mulroy, ex-responsável pela Agência Central de Inteligência (CIA) e ex-subsecretário adjunto de Defesa para o Oriente Médio.
“A coordenação entre os Estados Unidos e Israel também pode estar comprometida. A confiança é um componente chave nessa relação, e dependendo de como ocorreu o vazamento, essa confiança pode ser abalada”, acrescentou Mulroy em declarações à CNN.