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Igreja Católica Abre Debate Sobre Ordenação de Mulheres como Diaconisas

(Vatican News)

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A Igreja Católica anunciou neste sábado que a questão da ordenação de mulheres como diaconisas, função que precede a do sacerdote, “permanece em aberto” durante uma cúpula mundial sobre o futuro da Igreja no Vaticano.

“Essa reflexão deve continuar”, destaca o documento final aprovado pelo Papa Francisco, elaborado após três anos de consultas com os fiéis. O texto ressalta que “as mulheres continuam enfrentando obstáculos para obter um maior reconhecimento” de seu papel na Igreja.

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O Sínodo, que reuniu bispos e leigos de todo o mundo até este sábado, defendeu que “não há motivos que impeçam as mulheres de assumir” responsabilidades dentro da Igreja e instou a continuidade do estudo sobre o diaconado feminino, gerando uma divisão visível entre os participantes.

O Papa Francisco ordenou a publicação imediata do documento final do Sínodo, uma vez que não elaborará uma exortação apostólica com diretrizes, como é costume.

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O Sínodo é uma assembleia com bispos de todo o mundo e, por ordem do Papa, inclui também leigos e mulheres com direito a voto, tratando de temas relevantes para a Igreja. A assembleia conta com 358 membros, sendo 53 mulheres.

A questão do papel de “liderança” da mulher na Igreja gerou o maior nível de divisão entre os votantes. De acordo com dados divulgados pela Santa Sé, foram 97 votos contrários e 258 a favor.

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O documento recorda que as mulheres ainda encontram “obstáculos” para o seu pleno reconhecimento dentro da Igreja, apesar de sua presença nas Escrituras e de serem “a maioria” dos fiéis.

Embora haja algumas mulheres em cargos de responsabilidade, “a assembleia convida a aproveitar plenamente todas as oportunidades já previstas pela legislação vigente sobre o papel das mulheres, especialmente nos locais onde isso ainda não acontece”, afirma o texto.

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O Sínodo ainda acrescenta: “Não há motivos que impeçam as mulheres de assumir papéis de liderança na Igreja: não se pode barrar o que vem do Espírito Santo”.

A questão da permissão para a ordenação de diaconisas, um dos temas mais debatidos nesta cúpula, “permanece em aberto”. “É necessário continuar o discernimento sobre isso. A assembleia também convida a prestar mais atenção ao uso da linguagem e das imagens na pregação, ensino, catequese e na elaboração de documentos oficiais da Igreja, dando mais espaço às contribuições de mulheres santas, teólogas e místicas”, declara.

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Ambientes Mais Seguros para os Menores

Além disso, o Sínodo também fez um apelo em seu documento final para que “as comunidades se tornem lugares cada vez mais seguros para os menores” após os escândalos de abusos, implementando instrumentos de prevenção.

A cúpula, que contou com bispos de todo o mundo, enfatizou a importância de abordar os casos de abuso de menores e pessoas vulneráveis. “A crise dos abusos, em suas diversas e trágicas manifestações, causou sofrimentos indescritíveis e frequentemente duradouros às vítimas e sobreviventes, assim como às suas comunidades. A Igreja deve ouvir com particular atenção e sensibilidade a voz das vítimas e dos sobreviventes de abusos sexuais, espirituais, econômicos, institucionais, de poder e consciência por parte do clero ou de pessoas em funções eclesiais”, afirma o texto.

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Para isso, recomenda-se “a escuta” como “elemento fundamental” no “caminho para a cura, arrependimento, justiça e reconciliação”. “A Igreja deve reconhecer suas próprias falhas, pedir humildemente perdão, cuidar das vítimas, estabelecer instrumentos de prevenção e se esforçar para reconstruir a confiança recíproca no Senhor”, diz um dos pontos.

Em outro trecho, destaca-se que os debates incentivaram a “promoção de uma cultura de proteção em todos os âmbitos eclesiais para tornar as comunidades lugares cada vez mais seguros para menores e pessoas vulneráveis”.

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O Sínodo reconhece que “já começou” o trabalho para dotar a Igreja de regras e procedimentos jurídicos que previnam os abusos e possibilitem uma resposta a possíveis “comportamentos inadequados”.

Entretanto, “é necessário continuar esse compromisso, oferecendo uma formação específica adequada a quem trabalha em contato com menores e adultos mais vulneráveis, para que atuem com competência e saibam identificar as sinais, muitas vezes silenciosos, de quem está passando por um drama e necessita de ajuda”, conclui a assembleia.

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E acrescenta: “É indispensável que, em todo o mundo, a Igreja ative e promova uma cultura de prevenção”.

Diversos pontos dedicados aos casos de abusos dentro do documento final refletem uma importante convergência no Sínodo, já que apenas uma dezena de participantes votou contra a inclusão desse tema, enquanto cerca de 340 o apoiaram.

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(Com informações da AFP e EFE)

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