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O Irã declarou neste sábado que se vê “obrigado a se defender” após Israel ter realizado ataques a alvos militares em várias regiões do território iraniano, em resposta ao lançamento de mísseis balísticos pelo Irã no início do mês.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã afirmou que o país “tem o direito e o dever de se defender contra atos de agressão estrangeiros”, citando o Artigo 51 da Carta das Nações Unidas. Apesar disso, o governo iraniano não anunciou uma resposta imediata.
Israel, por sua vez, alertou sobre possíveis retaliações iranianas e afirmou que responderá em caso de novas hostilidades. “Se o regime iraniano cometer o erro de iniciar uma nova escalada, seremos obrigados a responder,” afirmou o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), contra-almirante Daniel Hagari, na manhã de sábado, após a conclusão da operação.
Segundo a agência iraniana Tasnim, dois soldados iranianos foram mortos durante os ataques noturnos, sem maiores detalhes sobre as perdas.
De acordo com fontes iranianas, um dos locais atingidos foi o sistema de defesa aérea S-300 do Aeroporto Internacional Imam Khomeini, próximo a Teerã. Outros alvos incluíram três bases de mísseis da Guarda Revolucionária Islâmica e a base militar de Parchin, localizada nos arredores de Teerã, conhecida por atividades relacionadas ao programa nuclear iraniano.
A operação israelense, que ocorreu a cerca de 1.600 quilômetros de Israel, foi considerada inédita em termos de escala e duração, com Israel assumindo imediatamente a responsabilidade pelos ataques. No entanto, as forças israelenses evitaram atingir instalações nucleares e de petróleo, conforme solicitado pelo governo dos Estados Unidos, que manifestou apoio à operação como um ato de autodefesa.
Relatos não confirmados nas redes sociais sugerem que três trabalhadores de uma fábrica de drones militares ao sul de Teerã foram mortos no ataque. Imagens publicadas pela emissora Al Araby TV mostrariam danos em uma instalação em Shamsabad, próxima à capital iraniana.
Durante a operação, as IDF afirmaram ter como alvo locais estratégicos para produção e lançamento de drones e mísseis balísticos. Autoridades em Washington e Londres reafirmaram o direito de Israel de se defender, ao mesmo tempo que apelaram ao Irã por desescalada. Vários países árabes também pediram cautela, mas muitos responsabilizaram Israel pelas tensões regionais.
Explosões começaram a ser relatadas na região de Teerã por volta das 2h15 do horário local, com as Forças de Defesa de Israel rapidamente confirmando a operação em resposta a “meses de ataques contínuos do regime iraniano contra o Estado de Israel”.
A IDF declarou que a campanha, batizada de “Dias de Arrependimento”, envolveu dezenas de aeronaves, incluindo caças, aviões-tanque e aviões espiões, que retornaram em segurança após a operação. Segundo as forças israelenses, o ataque ampliou a “liberdade de ação aérea” de Israel no Irã, permitindo futuras operações, caso necessário.
Após os ataques, as IDF monitoram o cenário para avaliar uma possível resposta iraniana, enquanto destacam que suas capacidades de defesa e ataque estão totalmente mobilizadas para proteger o Estado e a população de Israel.