O Parlamento de Israel aprovou, nesta segunda-feira (28), duas leis que ameaçam as operações da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), responsável por fornecer ajuda humanitária à população de Gaza. As novas legislações proíbem a agência de realizar qualquer atividade em solo israelense e cortam laços diplomáticos com a instituição, sinalizando um novo capítulo na relação conturbada entre Israel e a ONU.
A primeira lei, aprovada com 92 votos a favor e 10 contra, impede a UNRWA de oferecer serviços dentro de Israel. Já a segunda, com 87 votos a favor e 9 contra, determina a interrupção das relações diplomáticas com a agência. Ambas as medidas devem entrar em vigor entre 60 e 90 dias após notificação do Ministério das Relações Exteriores de Israel à ONU.
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As autoridades israelenses alegam que alguns funcionários da UNRWA estiveram envolvidos em ataques do Hamas, que marcaram o início do conflito em Gaza no ano passado. Embora a agência tenha demitido nove funcionários após uma investigação, ela nega as acusações de apoiar grupos armados. Essas alegações resultaram em cortes significativos de financiamento por parte de doadores internacionais, embora parte do apoio financeiro tenha sido restaurada.
Philippe Lazzarini, chefe da UNRWA, advertiu que essas novas leis aprofundarão o sofrimento dos palestinos, especialmente os que vivem em Gaza. A crescente crise humanitária na região tem gerado preocupação entre aliados internacionais de Israel.
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Enquanto isso, a tensão na região continua a aumentar. Após ataques israelenses ao Irã no último sábado (26), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano prometeu uma retaliação “decisiva e efetiva”. O líder supremo do Irã, Ayatollah Ali Khamenei, afirmou que a resposta deve ser ponderada, sem exageros sobre o impacto do ataque.
Em meio a bombardeios israelenses no sul do Líbano, onde sete pessoas foram mortas, o governo libanês destacou que as operações militares contra o Hezbollah têm causado vítimas civis. Israel também divulgou imagens de armamentos encontrados em um hospital em Jabalia, durante operações de resgate do Crescente Vermelho após um ataque.
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Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia, classificou a situação no norte de Gaza como “a pior crise humanitária desde a Segunda Guerra Mundial”. Em resposta à escalada do conflito, o Egito propôs um cessar-fogo de dois dias, com a libertação de prisioneiros de ambos os lados. Entretanto, a ausência de representação do Hamas nas atuais negociações no Catar complica as tentativas de resolução.
(*) Com informações da Associated Press.
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