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Neste domingo, o Papa Francisco manifestou a sua solidariedade às vítimas das devastadoras inundações em Valência, na Espanha, que já causaram mais de 210 mortes. Durante o Ângelus na Praça de São Pedro, diante de milhares de fiéis, o pontífice destacou sua preocupação contínua com a situação crítica na região, sendo esta a terceira vez que aborda a tragédia espanhola nesta semana.
“Continuamos rezando por Valência e outros locais da Espanha que estão sofrendo tanto nesses dias”, afirmou o Papa, incentivando os presentes a refletirem sobre como poderiam ajudar os afetados. “O que eu faço pelas pessoas de Valência? Rezo, oferece algo? Pensem nesta pergunta”, instou Francisco, buscando mobilizar a solidariedade internacional para com as dezenas de milhares de pessoas que perderam tudo.
No último dia 2 de novembro, durante o Ângelus em homenagem aos mortos, o Papa já havia manifestado sua “proximidade” às vítimas e pedidos de orações pela população da Península Ibérica, especialmente da Comunidade Valenciana. Um dia antes, Francisco enviou uma mensagem em vídeo ao bispo de Valladolid e ao presidente da Conferência Episcopal Espanhola, Luis Javier Argüello.
A situação em Valência permanece crítica, com um número indeterminado de desaparecidos e milhares de voluntários participantes nas áreas mais afetadas, apesar das críticas em relação à insuficiência de recursos de emergência.
Além de tratar a tragédia em Valência, o Papa também fez um apelo mais amplo pela paz mundial, citando o artigo 11 da Constituição Italiana, que repudia explicitamente a guerra como meio de resolução de conflitos. Francisco exortou que este princípio seja aplicado globalmente: “Que se desterre a guerra, se enfrente os problemas por meio do direito e da negociação, se silenciem as armas e se abra espaço ao diálogo.”
Ele especificamente os conflitos em “Ucrânia, Palestina, Israel, Mianmar e Sudão do Sul” como focos de preocupação. O apelo pela paz ressoou especialmente no contexto de uma mensagem enviada ao bispo de Tallin, na Estônia, onde comparou o conflito atual na Ucrânia com “os momentos mais obscuros” da história europeia.
O Papa também conheceu o trabalho dos voluntários da ONG Emergency, com sede no sul de Roma, elogiando seu compromisso com os princípios de paz estabelecidos na Constituição italiana. Seu discurso reiterou a posição consistente do Vaticano em favor do diálogo e da negociação como meios para resolver conflitos internacionais.