Um ex-membro da Guarda Aérea Nacional de Massachusetts, que se declarou culpado por vazar documentos militares altamente secretos sobre a guerra na Ucrânia, deverá ser sentenciado nesta terça-feira (12) em tribunal federal. Jack Teixeira, de 22 anos, enfrenta uma pena solicitada pelos promotores de 17 anos de prisão, sendo acusado de ter cometido uma das maiores violações da Lei de Espionagem na história dos Estados Unidos.
Os promotores argumentam que Teixeira, como membro das Forças Armadas dos Estados Unidos e titular de uma autorização de segurança, jurou defender o país e proteger seus segredos, segredos estes essenciais para a segurança nacional dos EUA e a segurança dos americanos no exterior. Eles destacam que o acusado violou esse juramento repetidamente por mais de um ano.
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Os advogados de Teixeira, por sua vez, pedem que o juiz federal Indira Talwani o sentencie a 11 anos de prisão, reconhecendo que seu cliente cometeu um erro grave, mas que suas ações nunca tiveram a intenção de prejudicar os Estados Unidos. Os defensores também ressaltam que Teixeira, um indivíduo autista e isolado, compartilhou os documentos para educar seus amigos sobre eventos globais, sem a intenção de causar danos ao país.
Teixeira se declarou culpado em março de 2024 por seis acusações de retenção e transmissão intencional de informações de defesa nacional, conforme a Lei de Espionagem. Ele foi preso quase um ano depois de vazar informações sensíveis sobre a guerra na Ucrânia, compartilhando dados confidenciais com membros de uma comunidade no Discord, uma plataforma de mídia social.
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Durante a audiência de condenação, os promotores destacaram o impacto do vazamento, que expôs avaliações secretas sobre a guerra, incluindo movimentos de tropas russas e fornecimento de suprimentos para as forças ucranianas. A revelação forçou a administração Biden a lidar com as consequências diplomáticas e militares do vazamento, além de forçar o Pentágono a reforçar o controle sobre informações confidenciais.
Teixeira, que trabalhava como especialista em sistemas de transporte cibernético na base da Guarda Aérea Nacional de Otis, em Massachusetts, permanece na Guarda Aérea em status não remunerado. Durante a investigação, foi descoberto que ele havia destruído dispositivos eletrônicos, como um tablet e um Xbox, na tentativa de apagar evidências antes de sua prisão.
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O caso gerou preocupações sobre a segurança das informações mais sigilosas dos EUA, e a defesa de Teixeira tenta agora minimizar sua pena, argumentando que sua motivação não foi prejudicar o país, mas sim compartilhar conhecimento com seus amigos.