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A polícia do Quirguistão prendeu e indiciou sete pessoas sob a suspeita de organizar tumultos em massa com o objetivo de derrubar o governo antes das eleições locais, previstas para o próximo domingo. Em comunicado divulgado na terça-feira (12), o Ministério do Interior informou que os detidos teriam utilizado jogos esportivos e outras competições na capital, Bishkek, como pretexto para incitar distúrbios.
Segundo a autoridade, os suspeitos planejavam convocar atos de violência e fazer apelos inconstitucionais para desestabilizar a situação e promover uma nova tomada de poder, marcada para 17 de novembro.
Entre os detidos estão vários estrangeiros e um ex-procurador-geral adjunto. A polícia informou ainda que apreendeu armas, munições e outros materiais, como 1.000 garrafas de vodca, que seriam usadas para embriagar a multidão, além de 2.000 garrafas de água, uma tonelada de arroz e até um cavalo, que estava destinado ao abate.
As eleições locais no Quirguistão ocorrerão em 17 de novembro, quando serão escolhidos os membros dos conselhos locais de diversos distritos. A Rússia, que mantém uma base militar nos arredores de Bishkek, informou na quarta-feira que está em constante contato com as autoridades quirguizes para monitorar a situação de segurança.
O Quirguistão, uma ex-república soviética com cerca de 7 milhões de habitantes, tem vivenciado uma série de episódios de agitação civil nos últimos anos.
Em 2020, protestos irromperam em Bishkek após uma eleição parlamentar contestada, marcada por denúncias de compra de votos, o que resultou na renúncia do então presidente Sooronbai Jeenbekov.
Ao longo deste século, dois outros presidentes foram depostos no país.