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Neste sábado, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a indicação do magnata do fracking, Chris Wright, como secretário de Energia em um possível novo governo.
Em comunicado, Trump destacou que Wright será “um líder chave, impulsionando a inovação, reduzindo a burocracia e inaugurando uma nova ‘Era de Ouro de Prosperidade Americana e Paz Global’”. Entre as atribuições do indicado, está a missão de atrair investimentos privados e fortalecer o “domínio energético” do país para “reduzir a inflação, vencer a corrida armamentista da Inteligência Artificial contra a China e ampliar o poder diplomático”.
Wright também integrará o Conselho Nacional de Energia, que será criado em janeiro. O órgão reunirá todas as agências governamentais envolvidas na “produção, geração, distribuição, regulamentação, transporte e licenciamento” de energia, com o objetivo de centralizar esforços e otimizar a gestão.
A nomeação, no entanto, precisará ser aprovada pelo Senado, ao contrário de outros cargos que podem ser preenchidos diretamente pelo presidente eleito.
Quem é Chris Wright
Chris Wright é conhecido como o “magnata do fracking” e atualmente ocupa o cargo de diretor executivo da Liberty Energy, a segunda maior empresa de faturamento hidráulico do mundo. A companhia presta serviços para empresas de energia que, nos últimos anos, aumentaram massivamente a produção de combustíveis fósseis nos Estados Unidos.
Trump descreveu Wright como “um dos pioneiros que ajudaram a lançar a Revolução do Xisto nos Estados Unidos, promovendo a independência energética e transformando os mercados globais de energia e a geopolítica”.
No entanto, Wright também é alvo de críticas devido às suas posições polêmicas sobre a crise climática. Ele já afirmou em suas redes sociais que “não existe uma crise climática” e que o termo “poluição de carbono” é “ultrajante”. Em uma entrevista, defendeu que os combustíveis fósseis são “necessários” para a sociedade e criticou as iniciativas de transição para fontes de energia mais limpas, alegando que todas as fontes energéticas possuem impactos tanto positivos quanto negativos.
Além disso, Wright integra o conselho de administração de uma empresa especializada em reatores nucleares modulares, frequentemente destacando o potencial dessa forma de energia.
Plano energético de Trump
Durante sua campanha, Trump reiterou sua defesa pela independência energética dos Estados Unidos, com promessas de expandir o fracking, reativar as exportações de gás natural liquefeito, retirar o país do Acordo de Paris e anular os padrões de emissões para veículos e usinas de energia estabelecidos pela administração de Joe Biden.
“A administração atual destruiu suas fábricas de aço, devastou os empregos no carvão, atacou os postos de trabalho no petróleo e no gás e vendeu empregos industriais para a China e outras nações estrangeiras”, criticou Trump em um de seus últimos comícios na Pensilvânia.
(Com informações da AFP e EFE)