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O Papa Francisco sugeriu que a comunidade internacional deve estudar se a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza configura um “genocídio” do povo palestino. A declaração, uma das mais explícitas críticas do pontífice à conduta de Israel, foi publicada no domingo (17) em trechos de um novo livro, divulgados pelo jornal italiano La Stampa.
No texto, Papa Francisco menciona que especialistas internacionais apontam características de “genocídio” no que ocorre em Gaza e afirma ser necessário investigar cuidadosamente para determinar se os fatos correspondem à definição técnica de genocídio estabelecida por juristas e organizações internacionais.
Israel nega categoricamente as acusações de genocídio. Em dezembro do ano passado, a África do Sul ingressou com uma ação contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça, alegando violação da Convenção sobre o Genocídio.
Em janeiro, o tribunal determinou que Israel assegurasse que suas tropas não cometessem “atos genocidas”, embora ainda não tenha deliberado sobre o mérito do caso.
O Papa Francisco geralmente evita se posicionar em conflitos internacionais, priorizando a desescalada. No entanto, suas críticas à conduta de Israel em sua guerra contra o grupo terrorista palestino Hamas têm se intensificado.
O Vaticano, até o momento, não comentou as declarações mais recentes do pontífice, mas publicou em seu site trechos do livro, incluindo as observações sobre genocídio.