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Após decisão de Biden sobre armas para a Ucrânia, Putin assina nova doutrina que reduz o limite para uso de armas nucleares

© Alexander Kazakov/Russian Presidential Press and Information Office/TASS

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O líder russo, Vladimir Putin, aprovou nesta terça-feira (19) uma versão revisada da doutrina nuclear do país, que diminui o limite para o uso de armas nucleares. Segundo o Kremlin, ataques realizados pela Ucrânia com mísseis ocidentais não nucleares contra alvos em território russo podem ser interpretados como motivo para uma resposta nuclear.

O documento assinado por Putin afirma que “a agressão de qualquer estado de uma coalizão militar (bloco, aliança) contra a Federação Russa e (ou) seus aliados será considerada como agressão desta coalizão (bloco, aliança)”.

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Ele diz também que “a dissuasão da agressão é garantida pela totalidade do poder militar da Federação Russa, incluindo armas nucleares”.

A decisão foi tomada por Putin após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizar a Ucrânia a utilizar armamentos fornecidos pelo país para realizar ataques a até 300 quilômetros de profundidade no território russo.

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A concessão, há tempos solicitada por Kiev, gera preocupações quanto ao risco de intensificação do conflito.

“A Federação Russa considera as armas nucleares como um meio de dissuasão, cujo uso é uma medida extrema e compulsória, e está fazendo todos os esforços necessários para reduzir a ameaça nuclear e evitar o agravamento das relações interestatais que poderiam provocar conflitos militares, incluindo os nucleares”, diz o decreto de Putin.

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O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a Rússia sempre encarou as armas nucleares como um instrumento de dissuasão, cujo uso seria uma medida extrema e forçada. Ele confirmou que, de acordo com a nova doutrina, ataques realizados pelas Forças Armadas Ucranianas com mísseis ocidentais não nucleares contra o território russo poderiam levar a uma resposta nuclear.

“A dissuasão nuclear visa garantir que um inimigo em potencial entenda a inevitabilidade da retaliação em caso de agressão contra a Federação Russa e seus aliados”, disse Dmitry Peskov.

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A versão atualizada da doutrina mantém a cláusula que atribui ao chefe de estado a responsabilidade pelas decisões relacionadas ao uso de armas nucleares. O documento também reforça que a política estatal no campo da dissuasão nuclear tem caráter exclusivamente defensivo.

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