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Nesta quinta-feira (16), o Banco Central Europeu (BCE) aumentou as suas principais taxas de juro em 0,50 pontos percentuais, para combater a inflação, apesar da turbulência que afeta o setor bancário na zona euro nos últimos dias.
As taxas de juros da instituição emissora estão agora em uma faixa entre 3% e 3,75%. O BCE retirou, no entanto, a referência, utilizada em comunicações anteriores, sobre a necessidade de continuar a subir as taxas de forma “significativa”.
O banco central espera que o crescimento acelere posteriormente para 1,6%, tanto em 2024 como em 2025 (o que significa baixar a previsão face à previsão anterior de 1,9% e 1,8%, respetivamente), “apoiado na robustez do mercado de trabalho, no aumento da confiança e recuperação da renda real”.
Esse crescimento econômico abaixo do esperado para 2024 e 2025 responde à “orientação mais restritiva da política monetária”.
No entanto, o BCE salienta que estas projeções econômicas foram feitas antes do “recente aparecimento de tensões nos mercados financeiros”, situação que “acrescenta incerteza em torno das avaliações do cenário de referência para inflação e crescimento”.
O BCE explica que, antes destes acontecimentos recentes, a trajectória de referência da inflação plena já tinha sido revista em baixa, principalmente devido a um contributo dos preços da energia inferior ao anteriormente esperado.
Assim, a inflação situar-se-á, em média, em 5,3% em 2023 (face a 6,3% na previsão anterior), 2,9% em 2024 (face a 3,4%) e 2,1% em 2025 (2,3%), pelo que não atingirá a meta de 2% por pelo menos três anos.
Ao mesmo tempo, as pressões inflacionistas subjacentes mantêm-se fortes, acrescenta o BCE, que garante que a inflação excluindo energia e alimentação continuou a subir em fevereiro e fechará o ano a uma média de 4,6%, acima do estimado nas projeções de dezembro (4,2 %).
Posteriormente, o núcleo da inflação cairá para 2,5% em 2024 (menos um décimo do que em dezembro) e 2,2% em 2025, em um contexto de “desaparecimento gradual das pressões altistas devido a choques de oferta anteriores”. qual o aperto da política monetária desacelera cada vez mais a demanda”.
(Com informações da AFP e EFE)