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O ex-CEO da Lojas Americanas, Miguel Gutierrez, adiou sua participação na CPI que investiga a fraude contábil de R$ 20 bilhões após apresentar um atestado médico. A nova data para o depoimento ainda não foi definida, mas sua participação é considerada crucial, pois ele comandou a empresa entre 2001 e 2022.
A fraude, inicialmente chamada de inconsistência contábil, veio à tona menos de duas semanas após a saída de Gutierrez da empresa.
A convocação de Gutierrez pela CPI ocorreu em 13 de junho, e sua defesa recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar o depoimento, mas o ministro André Mendonça determinou sua obrigação de comparecer. No entanto, Gutierrez foi concedido o direito ao silêncio para perguntas que pudessem incriminá-lo.
A defesa argumentou que Gutierrez já é investigado pelos mesmos fatos em apuração na CPI. A investigação visa apurar a fraude contábil na Lojas Americanas, que solicitou recuperação judicial em 19 de janeiro após revelar um rombo e dívidas bilionárias.
A CPI é presidida pelo deputado federal Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE) e tem como relator o deputado Carlos Chiodini (MDB-SC). O prazo para conclusão dos trabalhos é de até 120 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 60.
As Lojas Americanas informaram que a dívida acumulada alcança o valor de R$ 42,5 bilhões.