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O Itaú Unibanco anunciou nesta quinta-feira, 24, a venda de sua divisão na Argentina para o Banco Macro. O valor da transação é de R$ 250 milhões, que ainda será ajustado pelo resultado líquido do Banco Itaú Argentina entre o início do segundo trimestre e a data de fechamento.
A expectativa é que a transação tenha um impacto não-recorrente de aproximadamente R$ 1,2 bilhão no resultado do Itaú Unibanco, que será reconhecido quando a transação for concluída. O impacto líquido no capital CET I do Itaú Unibanco será imaterial.
O Itaú não é uma das dez maiores instituições financeiras da Argentina. Segundo o jornal La Nación, o Itaú teria menos de US$ 1 bilhão em ativos no país, sendo que seu volume total sob custódia é de R$ 2,3 bilhões. Na Argentina, seu ativo mais valioso seria os clientes corporativos, que são a maioria dos brasileiros que atuam no país.
O Banco Macro, comprador das operações do Itaú, é o maior da Argentina, com 565 agências, 9.700 funcionários e mais de 6 milhões de clientes ativos. Com a aquisição do Itaú, o Macro irá dobrar a presença na região metropolitana de Buenos Aires.
O Itaú opera na Argentina desde 1979, atendendo empresas. Em 1995, chegou ao varejo, abrindo uma agência em Buenos Aires. Três anos depois, comprou o Banco Del Buen Ayre. Passou então operar com o nome Itaú Buen Ayre e, posteriormente, Itaú Argentina. A filial tinha cerca de 1,5 mil funcionários e 74 agências e postos de atendimento.
Após a conclusão da transação, o Itaú Unibanco continuará atendendo os clientes corporativos locais e regionais, e pessoas físicas dos segmentos de wealth e private banking, por meio de suas unidades internacionais. O banco também afirmou que vai fazer pedido na Argentina e no Brasil para abertura de escritório de representação em território argentino.