Negócios

Crise imobiliária na China: gigante de gestão de patrimônio pede falência

A gigante chinesa de gestão de patrimônio Zhongzhi Enterprise Group Co. pediu falência nesta sexta-feira (4), consolidando o seu rápido declínio. A empresa chegou a administrar mais de US$ 140 bilhões em seu auge, mas sucumbiu à crise imobiliária que assola a segunda maior economia do mundo.

Em um comunicado, a Zhongzhi afirmou que “obviamente” não tinha capacidade para pagar suas dívidas. Uma auditoria realizada pela empresa em novembro concluiu que suas dívidas totalizavam entre US$ 64,4 bilhões e US$ 72,6 bilhões, enquanto seus ativos eram de apenas US$ 40 bilhões.

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A falência da Zhongzhi é uma das maiores da história da China e representa mais um golpe para o já frágil estado de espírito dos consumidores e investidores. O pedido de falência ocorreu poucos meses depois de a gigante do crédito ter suscitado preocupação nos mercados financeiros quando uma de suas subsidiárias fiduciárias não conseguiu reembolsar clientes por produtos de investimento de alto rendimento, provocando protestos em Pequim.

Embora os credores da Zhongzhi sejam principalmente indivíduos ricos e não instituições financeiras, o colapso da empresa realça possíveis fissuras no setor fiduciário chinês, que movimenta cerca de US$ 2,9 trilhões. O setor está enfrentando uma série de desafios, incluindo o crescimento econômico decepcionante e o agravamento da crise imobiliária.

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Nos últimos anos, a Zhongzhi e suas afiliadas, especialmente a Zhongrong International Trust Co., expandiram o financiamento a promotores imobiliários em dificuldades e adquiriram ativos de empresas como a China Evergrande Group. No entanto, o declínio do mercado imobiliário, juntamente com as políticas rigorosas do governo chinês, tornou difícil para a empresa recuperar seus ativos.

Em novembro, as autoridades chinesas afirmaram ter aberto investigações criminais sobre o negócio de gestão de dinheiro do grupo. A empresa também divulgou um déficit de US$ 36,4 bilhões em seu balanço.

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As falências mais notórias da China nos últimos anos tenderam a passar primeiro por reestruturações de dívida, evitando pedidos formais de falência. O HNA Group Co, o conglomerado que entrou em colapso com bilhões de dólares em dívidas, concluiu sua reestruturação em 2022. O China Evergrande Group, cujo calote em 2021 acelerou a crise da dívida imobiliária do país e que tem cerca de US$ 327 bilhões em passivos, ainda luta para evitar a liquidação e ainda não entrou com processo de falência local.

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