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91% dos investidores não acreditam em corte na taxa Selic

Imagem de pressfoto on Freepik

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A expectativa majoritária entre os investidores é de que, durante a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nos dias 18 e 19 de junho, o Banco Central (BC) não promoverá um corte na taxa básica de juros do Brasil, a Selic. Essa previsão é baseada nos dados do mercado de Opções de Copom, da Bolsa brasileira (B3).

Neste mercado, os investidores realizam especulações sobre possíveis movimentos da Selic após cada encontro do Copom. Para a próxima semana, 91% dos investidores apostam na manutenção da taxa, enquanto apenas 6,5% acreditam em um corte de 0,25 ponto percentual e 1,56% imaginam uma redução de 0,5 ponto percentual.

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A perspectiva de manutenção da taxa aumentou consideravelmente no início do último mês. Em 9 de maio, essa expectativa estava em 37%, enquanto 59% ainda previam um corte de 0,25 ponto percentual. No entanto, essa perspectiva mudou drasticamente após a última reunião do Copom, realizada entre 7 e 8 de maio, na qual o BC reduziu a Selic em 0,25 ponto, estabelecendo-a em 10,50% ao ano.

Essa decisão causou divisões entre os diretores do Copom, gerando turbulências no mercado. Os quatro membros indicados pelo governo Lula votaram por um corte de 0,50 ponto, alinhados com o Planalto e o PT, enquanto os outros quatro membros preferiram uma redução mais conservadora, de 0,25 ponto, que acabou prevalecendo com o voto decisivo do presidente do BC, Roberto Campos Neto.

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Análises apontam diversos fatores, tanto externos quanto internos, que contribuem para uma visão pessimista sobre a taxa de juros no Brasil. Internacionalmente, a perspectiva de redução dos juros nos Estados Unidos está cada vez mais distante, o que pode manter a inflação por lá elevada. Isso dificulta a redução da Selic no Brasil e pressiona a cotação do dólar.

Internamente, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem indicado preocupações com a inflação, destacando que as expectativas de mercado não convergem para a meta estabelecida. Além disso, incertezas surgiram após a mudança da meta fiscal para os anos de 2025 e 2026, anunciada pelo governo, e a tragédia no Rio Grande do Sul, que aumentou as preocupações sobre os gastos públicos e seus impactos na inflação.

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O racha na última reunião do Copom também teve repercussão negativa, com o mercado interpretando como um comportamento político por parte dos membros do comitê. Isso levanta temores de que as decisões do BC possam seguir orientações políticas do governo, em vez de se basearem em parâmetros técnicos. A sucessão de Campos Neto também é vista como um novo elemento de incerteza para os investidores.

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