Negócios

Indústria automotiva clama por aumento de tarifas sobre carros elétricos para conter importações chinesas

Imagem: Agência Brasil

Na quarta-feira (26), as montadoras de veículos solicitaram ao vice-presidente Geraldo Alckmin um aumento imediato, para 35% (máximo permitido pelo Mercosul), da tarifa de importação sobre carros elétricos. Esta medida é considerada necessária pela indústria nacional para conter o crescimento das importações de automóveis chineses nos últimos meses.

O pedido foi feito pelo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio Lima Leite, horas antes da sanção presidencial do programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover). O Mover, novo regime automotivo, prevê incentivos de R$ 19,3 bilhões ao setor até o fim da década. Alckmin, que também comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), é responsável pela elaboração, regulamentação e aplicação do programa.

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Segundo a Anfavea, impulsionada pelos elétricos, a participação dos importados nas vendas de automóveis em 2024 pode alcançar 20%, quase dobrando a fatia verificada nos últimos anos. A associação argumenta que outros países como Estados Unidos e União Europeia estão adotando medidas restritivas à entrada de carros chineses, e defende que o Brasil também se proteja contra a entrada “indiscriminada” de veículos subsidiados supostamente vendidos abaixo do custo de fabricação pela China.

No final do ano passado, o governo decidiu encerrar a política de tarifa zero para a importação de carros elétricos, em vigor desde 2015, e reintroduziu uma alíquota inicial de 12% sobre automóveis elétricos e híbridos. A tarifa estava programada para aumentar gradualmente para 25% em julho de 2024, 30% em julho de 2025, e atingir 35% apenas em julho de 2026. A proposta da Anfavea é pular esses aumentos intermediários e aumentar diretamente a alíquota para 35% a partir de julho deste ano, dada a atual conjuntura de aumento das importações de carros chineses.

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