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Prejuízo de R$ 2,6 Bilhões da Petrobras no Segundo Trimestre, diz Magda Chambriard

(Petrobras)

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A Petrobras apresentou um resultado negativo de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre de 2024, conforme divulgado pela empresa na última quinta-feira (8). Apesar do prejuízo, a presidente da estatal, Magda Chambriard, descreveu o desempenho como “extremamente sólido e dentro do esperado” durante uma coletiva online. Chambriard explicou que o prejuízo foi pontual e que a empresa espera retornar à lucratividade nos próximos trimestres.

Entre os fatores que impactaram negativamente o balanço, Chambriard destacou o acordo tributário com o Ministério da Fazenda, que envolveu R$ 19,8 bilhões, o acordo salarial 2023-2025, e a desvalorização cambial no período. “Se esses fatores não tivessem sido considerados, teríamos apresentado um resultado positivo em linha com o trimestre anterior”, afirmou.

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Mesmo com o resultado financeiro desfavorável, a Petrobras anunciou que pagará dividendos aos seus acionistas, conforme sua Política de Dividendos. A empresa aprovou R$ 13,6 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio, que serão pagos em duas parcelas, nos meses de novembro e dezembro. Parte desse valor, R$ 6,4 bilhões, virá da reserva de remuneração do capital. A União, que detém 28,67% das ações da Petrobras, será um dos principais beneficiados.

Em relação à possibilidade de dividendos extraordinários, o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Fernando Melgarejo, afirmou que a empresa não descarta essa opção, dependendo da capacidade financeira dos projetos da Petrobras entre 2025 e 2029. Ele ressaltou que a decisão será baseada em uma análise mais precisa dos fluxos de caixa futuros.

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A diretoria também foi questionada sobre a possibilidade de o prejuízo ter sido menor caso a empresa tivesse reajustado os preços dos combustíveis nas refinarias mais cedo. Claudio Schlosser, diretor de Logística, Comercialização e Mercados, defendeu a estratégia comercial adotada desde maio de 2023, que busca evitar a transferência da volatilidade internacional para o mercado interno. Chambriard reiterou o compromisso com essa estratégia, mesmo diante de uma leve perda de participação no mercado nos últimos meses.

Outro ponto abordado durante a coletiva foi o avanço do projeto do Gasoduto Rota 3, que deverá entrar em operação até setembro deste ano. Com uma extensão total de aproximadamente 355 quilômetros, o gasoduto tem capacidade para escoar cerca de 18 milhões de m³ de gás natural por dia, conectando o Polo Pré-Sal da Bacia de Santos ao Polo Gaslub, em Itaboraí (RJ). Segundo a diretora Executiva de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Renata Baruzzi, os trabalhos estão avançando conforme o planejado, com a conclusão mecânica prevista para agosto e o início das operações no terceiro trimestre.

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A presidente Magda Chambriard destacou a importância do projeto para o estado do Rio de Janeiro e para o aumento da disponibilidade de gás natural em todo o Brasil, reforçando o compromisso da Petrobras com o desenvolvimento do setor energético no país.

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