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EUA avaliam suspender extração de petróleo da Chevron na Venezuela para forçar negociações políticas

Foto: Keri Jackson/Pixabay

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A Casa Branca estuda suspender a licença da Chevron que autoriza a extração de petróleo na Venezuela para pressionar a abertura de um diálogo entre o ditador Nicolás Maduro e a oposição, possibilitando o retorno de Edmundo González Urrutia, que está exilado na Espanha, a Caracas. O objetivo é que ele assuma a presidência em 10 de janeiro de 2025.

A administração Biden já impôs sanções legais, financeiras e diplomáticas contra o regime populista de Maduro, mas a estratégia mostrou-se pouco eficaz para impedir fraudes eleitorais e a contínua violação de direitos humanos. Tropas estatais e paraestatais ligadas ao regime torturaram e mataram dezenas de opositores, e o candidato presidencial González Urrutia foi forçado a fugir para Madri, temendo uma prisão arbitrária ordenada pelo Judiciário controlado pela ditadura.

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Diante desse cenário, o Conselho de Segurança Nacional, o Departamento de Estado e o Departamento de Energia dos Estados Unidos iniciaram um estudo técnico-político para avaliar se a suspensão da licença de extração de petróleo concedida à Chevron poderia servir como uma alavanca para abrir um processo de negociação, que levaria à posse de González Urrutia como presidente da Venezuela.

Tanto a Chevron quanto Maduro e a oposição venezuelana — incluindo González Urrutia e María Corina Machado — já estão cientes de que o governo Biden está considerando suspender a licença de extração de petróleo, que foi renovada sem problemas desde 2022 a cada seis meses.

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Questionado sobre a possibilidade de estender as sanções para o setor petrolífero da Venezuela, incluindo a licença da Chevron ou de outras empresas estrangeiras que operam no país, um porta-voz da administração Biden respondeu: “Estamos monitorando de perto os acontecimentos políticos e econômicos na Venezuela e estamos comprometidos em calibrar nossa política de sanções de forma adequada, em resposta tanto aos eventos em campo quanto aos interesses nacionais mais amplos dos Estados Unidos.”

Essa resposta reflete uma estratégia que busca equilibrar a agenda eleitoral de Kamala Harris, os interesses econômicos da Chevron e as necessidades políticas da oposição venezuelana.

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Biden não tomará nenhuma ação que possa complicar a campanha de Harris. A suspensão da licença da Chevron poderia elevar os preços dos combustíveis devido à redução da oferta. Em Washington, ainda se lembra de como Jimmy Carter perdeu a reeleição para Ronald Reagan após o aumento dos preços da gasolina e a crise dos reféns.

Os executivos da Chevron já visitaram a Ala Oeste da Casa Branca, alertando que a suspensão da licença poderia causar desabastecimento, aumento nos preços por galão e uma nova onda de imigração ilegal, consequência do impacto econômico na Venezuela.

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Mike Wirth, CEO da Chevron, reforçou os argumentos da empresa durante uma teleconferência em agosto: “Estamos na Venezuela para ajudar a desenvolver a economia, apoiar a população, criar empregos e não nos envolver na política, que pode variar de um partido a outro.”

Wirth enfatizou: “Não temos papel na escolha de governos. Somos um ator comercial, não político.”

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O Conselho de Segurança Nacional e o Departamento de Estado têm informações suficientes para rebater os argumentos da Chevron, que sugerem que a suspensão da licença causaria caos na oferta energética. A Chevron produz cerca de 200 mil barris por dia na Venezuela, uma quantidade que não impactaria o mercado global caso a extração fosse interrompida. Além disso, é improvável que os preços do barril subam significativamente nos EUA, devido à queda da demanda.

No entanto, a suspensão da licença pode causar uma crise econômica e política no regime de Maduro. Os 200 mil barris diários representam 20% das exportações de petróleo do país e cerca de 30% das receitas do governo venezuelano.

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“O regime de Maduro se mantém no poder com os rendimentos do petróleo, que dependem da intervenção dos Estados Unidos”, afirmou o senador democrata Dick Durbin, líder da maioria no Senado.

A deputada republicana María Elvira Salazar também foi enfática: “Os Estados Unidos não farão mais negócios com a ditadura de Maduro”, disse ao apresentar um projeto de lei para proibir empresas americanas de negociar com o regime.

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Apesar da disputa eleitoral entre Harris e Trump, senadores e deputados de ambos os partidos concordam na necessidade de intensificar as sanções econômicas contra o governo de Maduro, com o objetivo de pressioná-lo a negociar com González Urrutia e María Corina Machado.

A Casa Branca apoia essa estratégia, mas tomará o tempo necessário para decidir. Maduro assume o governo em 10 de janeiro.

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*Com informações de agências internacionais

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