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Parlamentares federais e senadores do Amazonas reagiram à fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a Zona Franca de Manaus. O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, governador Wilson Lima, Omar Aziz, entre outros líderes políticos responderam o ministro da Economia.
Em entrevista exibida ontem na GloboNews, Miriam Leitão questionou Paulo Guedes o que seria feito com a Zona Franca de Manaus com o fim do IPI.
O ministro respondeu com uma pergunta: “Quer dizer que eu tenho que deixar o Brasil bem ferrado, bem desarrumado, senão não tem vantagem pra Manaus?”
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), afrontou:
“O que espero de Guedes é que ele reconheça o peso do Polo Industrial de Manaus, como faz a Organização Mundial do Comércio, a OMC, na manutenção da floresta em pé”, afirmou o prefeito.
Em entrevista à Rádio Tiradentes de Manaus, o senador Omar Aziz (PSD), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, chamou o ministro de “anti-republicano” e disse que ele “não tem compromisso com o Brasil, tem compromisso com os banqueiros”.
O governador Wilson Lima (PSC) divulgou um vídeo mostrando-se indignado com as declarações do ministro Paulo Guedes que ameaçam a Zona Franca de Manaus (ZFM).
“Quando se fala em proteção os incentivos da Zona Franca de Manaus, não é só garantir o que está na Constituição. É evitar a tomada de decisões que possam afetar a competitividade de empresas que estão instaladas aqui”, disse o governador.
O senador Eduardo Braga (MDB) escreveu no Twitter:
“Não, ministro Paulo Guedes. Assegurar as vantagens comparativas da Zona Franca de Manaus não significa ‘ferrar’ o Brasil. Proteger um dos mais bem-sucedidos programas de preservação ambiental do mundo representa, sim, resguardar a vida de milhões de cidadãos e as futuras gerações.”
O senador Plínio Valério (PSDB) também se manifestou:
“O ministro Paulo Guedes, que se acha um semideus grego, deixou claro que não acaba com a Zona Franca de Manaus porque não pode. Mas vai matá-la à míngua, deixando assim uma grande incerteza e dúvida para quem pretendia investir no Amazonas. O semideus não aprendeu, quando esteve em Chicago, que criar novos empregos é coisa muito difícil e ignora que distribuir novos empregos é pior ainda.”