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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, defendeu hoje (30), a Portaria 666, publicada em 26 de julho, em que regulamenta a deportação sumária de estrangeiros considerados perigosos, afirmando que os brasileiros não podem ser “generosos com criminosos”.
Sergio Moro destacou que o Brasil é formado, em grande parte, por migrantes das mais diversas partes do mundo, mas que “podemos ser generosos com a imigração, generosos com estrangeiros, mas não devemos ser generosos com criminosos”. A declaração foi feita durante solenidade no ministério para marcar o Dia Internacional de Combate ao Tráfico de Pessoas.
Mais cedo, ele também comentou a portaria, que, em seu entender, preenche lacunas ao regular uma legislação que “estava um tanto quanto falha”.
“Nenhum país do mundo, tendo o conhecimento de que, por exemplo, tá vindo pessoas suspeitas de envolvimentos em condutas criminais graves, como terrorismo, crime organizado armado, tráfico de drogas, de pessoas ou de armas, ou exploração sexual de crianças ou adolescentes, nenhum país permite”, disse o ministro.
A portaria 666 causou polêmica, e foi entendida pela oposição e parte da imprensa como uma ameaça velada ao jornalista Glenn Greenwald, que denunciou as supostas relações de proximidade entre Moro, quando juiz, e o procurador da República e chefe da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol.