Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
O presidente da Comissão Especial que analisará a reforma tributária da Câmara, deputado Hildo Rocha (MDB-MA), afirmou que o governo está “atrasadíssimo” em enviar ao Congresso a sua própria proposta sobre o tema como vem prometendo fazer.
Rocha disse ainda que o Parlamento deveria discutir neste momento apenas as alterações que já estão previstas no texto do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 45, que trata de impostos que incidem no consumo, em vez de querer discutir também alterações na tributação na renda e da folha de pagamento. “O que o governo propõe, mexer na renda e na folha de pagamento, está indo mais longe, é mais amplo. Mas se mexer nesses três ao mesmo tempo é mais difícil de aprovar, não sei se cria dificuldade para aprovar. Para o governo, se aprovar o de consumo, já resolve grande coisa”, disse.
O deputado também cobrou uma maior participação do presidente Jair Bolsonaro na defesa da reforma tributária porque ele colherá os dividendos da melhora do ambiente econômico. Rocha calcula que a comissão deverá encerrar seus trabalhos em outubro. Ele aposta que o plenário da Casa tem condições de votar a PEC de Baleia em dois turnos, até o fim do ano. Hoje, o colegiado se reunirá para iniciar os trabalhos. O relator da matéria, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), líder da maioria na Câmara, apresentará um cronograma de trabalho. Segundo Rocha, a comissão deverá se dedicar a audiências públicas e seminários ao longo de agosto e setembro.
*Com Estadão Conteúdo