O Procurador-Regional da República, Mauricio Gotardo Gerum, que representa o Ministério Público Federal perante o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sugeriu, em documento assinado nesta segunda-feira (2), que as supostas mensagens vazadas de Moro, Dallagnol e membros da Lava Jato não sejam levados em consideração no processo do sítio de Atibaia de Lula.
Gerum também sustenta que as mensagens não podem ser levadas em conta por terem sido obtidas de forma ilícita.
Em seu parecer, Gerum afirma que o contato entre juiz e os membros do Ministério Público é “absolutamente normal” no ambiente dos tribunais. Embora argumente não ser possível confirmar a autenticidade das mensagens, como já vem repetindo os integrantes da Lava Jato, o procurador afirma não haver nenhuma irregularidade nos diálogos citados pela defesa do ex-presidente.
“Não acarreta necessariamente a perda da isenção técnica para buscar os elementos de prova necessários ao correto processamento dos crimes praticados, ainda mais quando os comentários são episódicos e limitados ao ambiente familiar que naturalmente se cria no longo convívio que se estabeleceu entre agentes do Estado envolvidos na Operação”, afirma o Procurador.
Clique no link para ter acesso ao parecer completo:
https://www.conjur.com.br/dl/parecer-mpf-alega-campanha-imprensa.pdf