Em pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AUG), de André Mendonça, a Justiça bloqueou quase R$ 21,5 milhões de reais em bens de dois advogados condenados por fraudar o INSS, no interior de São Paulo.
De acordo com a denúncia, “os réus forjavam vínculo empregatício nas carteiras de trabalho de seus clientes e ingressavam com ações judiciais visando à obtenção de benefícios previdenciários”.
Segundo a procuradora federal, Elaine Christiane Yumi Kaimoti Pinto, que atuou no caso, “os advogados inseriam registros de trabalho como sendo de uma fazenda da região.”
Como o INSS não encontrava o registro em seu banco de dados, o benefício era negado. Se aproveitando de uma situação corriqueira na região (onde os empregadores não faziam as contribuições previdenciárias, apesar de realizarem o registro de trabalhadores em carteira), os advogados recorriam à Justiça e ainda forjavam testemunhas para confirmar o vínculo empregatício.