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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, negou, nesta segunda-feira (20), durante o Roda Viva, que houve manipulação ou falsidade na divulgação do áudio entre os petistas Lula e Dilma que foi apontado como tentativa de obstrução da Lava Jato.
Ao rebater fala de Gilmar Mendes sobre o caso, Moro afirmou que o ministro do Supremo deve assumir o fato de ter suspendido a posse de Lula como ministro da Casa Civil de Dilma:
“É muito fácil [afirmar:] ‘2016, ah, não tenho culpa nenhuma, fui manipulado’. Não existe nada disso. Ele [Gilmar] tomou a decisão dele na época, ele assuma a responsabilidade pela decisão que ele tomou. Nada ali foi objeto de manipulação ou qualquer espécie de falsidade”.
O ministro disse também que não existem razões obscuras para a publicidade da interceptação que alcançou os petistas e rejeitou a tese de que o áudio teve influência no processo de impeachment de Dilma.
Segundo Moro, o que foi verificado na época foi a tentativa de obstrução da Justiça com a posse de Lula como ministro de Dilma. Moro afirmou que o que se entendeu, da PF e do MP, é que os áudios deveriam vir a público, sendo que não é responsabilidade do juiz verificar se ia ter reflexo no impeachment ou não.
“Tornei público. Pode olhar a decisão e dizer concordo ou não. As razões estão lá. Não existem razões obscuras”, afirmou.
O ministro da Justiça rejeitou ainda que tenha influenciado as eleições de 2018 ao autorizar a divulgação do depoimento de Antonio Palocci.