Política

Weintraub diz que falhas no Enem foram exageradas por ‘fake news’

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Convidado a falar sobre os problemas com a correção e atribuição de notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse nesta terça-feira (11), durante reunião da Comissão de Educação (CE), que as falhas no exame “não são estatisticamente significativas” e que resultaram em notas erradas para apenas 5,1 mil dos cerca de 4 milhões de candidatos que fizeram a prova.

— Cinco mil e cem pessoas do universo de 4 milhões individualmente são relevantes, mas estatisticamente não é significativo. Quando falamos que estatisticamente não é significativo, significa que é zero o impacto — disse.

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Em sua exposição inicial, Weintraub afirmou que veio ao Senado esclarecer “a chuva de fake news” que caiu sobre o Ministério da Educação (MEC) depois da mais recente edição do Enem. Segundo ele, muito do que foi noticiado é “maldade”, “distorção” e “mentira”. Ele atribuiu essas informações falsas a alguns parlamentares, alguns grupos econômicos e algumas famílias que, segundo o ministro, “controlam 70% da mídia”. Para Weintraub, esses grupos “adotaram uma linha extremamente terrorista” para noticiar o problema.

“Teve uma chuva de fake news, mas eu já estou acostumado”, afirmou.

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Segundo Weintraub, “foi o melhor Enem de todos os tempos”, “com menor índice de problemas e de menor impacto”. O titular da pasta afirmou que não houve fraude nem vazamento de questões, como ocorrera antes.

“Não estou falando que não teve erro nenhum. Só tem um Enem que vai ser melhor do que esse [de 2019]: o deste ano”, garantiu.

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O titular da pasta da Educação atribuiu as falhas a um problema de impressão das provas e cadernos de questões e afirmou que esse tipo de erro já teria ocorrido em edições anteriores do Enem, mas que esta foi primeira vez em que o fato foi percebido. Ele reforçou que as notas foram todas corrigidas antes da inscrição dos candidatos no Sistema de Seleção Unificada (SiSU), que classifica os estudantes para as universidades a partir das notas do Enem.

“Não checamos só as 5,1 mil, nós revisamos 4 milhões de provas e corrigimos novamente com os quatro gabaritos. A gente passou todas as provas por quatro gabaritos para ter certeza que ninguém teria uma nota mais baixa”, disse. / Agência Senado

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