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Líderes na Câmara dos Deputados organizam uma reunião, na próxima terça-feira, 2, às 10h, para articular um posicionamento sobre o vídeo compartilhado pelo presidente Jair Bolsonaro. O objetivo do encontro é chegar a uma “resposta institucional dura” sobre a convocação feita por Bolsonaro para ato em sua defesa e contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 15 de março.
“Isso não é um problema da oposição, é um problema de todos que defendem a democracia. Estamos chamando todos os partidos da Casa, muito além da oposição”, informou a líder da minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ). Segundo a deputada, as lideranças da Casa se articulam para realizar um “debate amplo” que conte com a presença de representantes de entidades civis que se posicionaram sobre o assunto, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e centrais sindicais.
A líder da minoria disse ainda que o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) “tem todo o conhecimento” sobre a reunião e que a ideia inicial dos parlamentares envolvidos era que ele próprio convocasse o encontro. “Gostaríamos que ele (Maia) e Davi Alcolumbre (presidente do Senado) estivessem na reunião”, afirmou.
O debate de terça também selará as conversas sobre o direcionamento para um possível pedido de impeachment de Bolsonaro, que ainda não é considerado de forma séria pelos parlamentares, segundo Jandira. Em evento em Madri, nesta quinta-feira, Maia chegou a comentar que o PT e o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) têm o direito de apresentar pedidos de impeachment contra Jair Bolsonaro, se decidirem por tal. “O que eu posso fazer? É um direito deles”, disse Maia.
A bancada petista ainda não tem uma posição sobre o tema. O líder do partido na Câmara, deputadoEnio Verri (PT-PR), informou que o grupo se reúne na segunda-feira, à tarde, para discutir uma resposta à atitude do presidente. “Nossa bancada é muito grande, são 54 parlamentares. É claro que tem deputados que defendem que a bancada oriente pelo pedido de impeachment. Mas isso ainda não está no radar do partido e nem da liderança”, explicou. Para o deputado, um pedido do tipo “não se faz por fazer” e para tal seria preciso ter “base social e amplo apoio político”. “Hoje não temos nada que oriente nessa direção”, destacou. / Agência Estado