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O ex-presidente Fernando Collor de Mello (PROS-AL) afirmou nesta terça-fera (28), em entrevista ao UOL, ver semelhanças no atual cenário político enfrentado pelo atual presidente Jair Bolsonaro, com aquele que resultou na sua renúncia do cargo, em 1992.
Para ele, trata-se de “favas contadas” a abertura de um processo de impeachment contra Bolsonaro. Collor afirmou que a abertura do inquérito contra o chefe do executivo é o primeiro passo para o processo.
Segundo o senador, caso haja uma manifestação do STF para o Congresso “será autorizado esse processo imediatamente”. “Mas, se isso ocorrer, o quadro político deve encaminhar a ação para o impeachment. É imprevisível se vai ser de um lado ou do outro; mas que é um desenlace anunciado, é”, afirmou.
“Governo que não tem maioria no Congresso Nacional, no sistema presidencialista, não consegue terminar o seu mandato”. Segundo ele, “presidente não tem como se sustentar sem apoio parlamentar majoritário”.
Para o ex-presidente, há semelhanças entre a situação em que Bolsonaro se encontra e o processo pelo que ele passou em 1992:
“Essa falta de entendimento com o Congresso, eu já vi. E não gostei do que vi. Não tenho nenhum gosto que aconteça novamente. Aposta nas ruas sem apoio político é errada”.