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A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) afirmou em entrevista à CNN nesta sexta-feira (5), que durante seu depoimento na quinta-feira (4) para o inquérito das fake news, ela não respondeu às perguntas da Polícia Federal, pois elas não possuíam “relação casuística” factual. A parlamentar declarou que tanto ela e quanto seu advogado, veem a investigação como “inconstitucional”, além de não saberem “muito bem como ele nasceu”.
Zambelli foi um dos principais alvos da operação da Polícia Federal realizada dentro do inquérito no dia 27 de maio. A investigação apura a disseminação de notícias falsas, ameaças e ofensas dirigidas a autoridades, como os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e seus familiares. O tem como relator o ministro Alexandre de Moraes.
“Eu não fiquei em silêncio absoluto. Eu não posso dar detalhes porque existe um sigilo dentro do processo. Mas quando eu cheguei lá com a informação de que existia uma peça do Alexandre de Moraes na qual, inclusive, a Joice Hasselmann fala que eu produzi fake news e cita um tweet meu”, disse a deputada. “Eu fui preparada para responder a respeito disso. Era um tweet que eu falava ‘se vocês continuarem a mexer com a Lava Jato, vamos derrubar cada um de vocês. STF vergonha nacional’”, declarou.
“Eu fui lá para responder [sobre] esse tweet, para dizer que quando eu falo ‘derrubar’, não estou falando em matar ninguém. Eu estava falando em impeachment”, afirmou a deputada.
Zambelli disse ainda que está sendo “muito perseguida” e que foi prestar depoimento porque respeita a PF.
“Fui na esperança de que pudesse colaborar. (…) Porque não devo nada”, falou. “Estava disposta até a… quer deixar meu celular aqui? Eu deixo, entendeu. Eu não produzo fake news”.