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O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, anunciou na manhã desta terça-feira (9), que a pasta já está realizando novos testes com o vermífugo nitazoxanida em pacientes que tenham sido infectados pelo novo coronavírus, mesmo assintomáticos.
“Ontem, iniciamos um segundo protocolo [com a nitazoxanida]. O primeiro trabalha com pessoas com febre e início de pneumonia, aquele vidro fosco na tomografia do pulmão. Ou seja, pega um certo nível de sintomas. Estamos começando um novo teste, um protocolo segundo que pega pacientes sem quaisquer sintomas, bastam que tenham testado positivo no covid-19”, explicou o ministro.
“Por que é importante? Porque assim conseguimos medir a carga viral no início do protocolo e ao longo do tratamento, que dura 5 dias e mais 9 dias de observação. […] Temos uma arma poderosíssima contra os efeitos da covid-19”, informou.
Segundo Pontes o remédio “é mais uma arma” caso seja comprovada a sua eficácia no combate à doença. A pasta vai precisar de 300 voluntários nesta segunda fase.
O ministro também elogiou a capacidade dos cientistas brasileiros e afirma ter expectativas de que em breve o país irá voltar a situação normal. “O Brasil tem capacidade muito grande, com cientistas, pesquisadores, infraestrutura… O tanto que já sofremos com dengue, chikungunia, isso é uma coisa que muito em breve vai trazer o país para a situação normal”, assegurou.
Pontes informou que o ministério tem como objetivo as pesquisas de reposição de medicamentos. “Desde fevereiro, no Laboratório Nacional de Biociências, temos desenvolvido essa reposição de medicamentos, que é usar medicamentos que já existem na farmácia, para testar quais deles poderiam ser efetivos no combate à covid também, além das suas funções normais”, explicou
Ainda de acordo com o ministro, ao todo já foram testados 2.000 medicamentos, usando inteligência artificial, sendo que cinco deles foram selecionados e colocados em teste in vitro, ou seja, com células reais em laboratório.
“Um deles se destacou, com efetividade de 94% para redução da carga viral. Esse medicamento é a nitazoxanida, um remédio comum para giárdia, rotavírus etc, que não tem efeito colateral. É uma possibilidade que ele funcione contra o coronavírus. Partimos para testes com pacientes”, especificou.
Graças ao avanço no tubo de ensaio, o medicamento pode inclusive ser usado em seres humanos. “Nesse primeiro protocolo, que é científico, temos relação com mais 15 países, […] os testes têm sido conduzidos para esses 500 pacientes. Se tivéssemos hoje os 500 pacientes, teríamos a resposta se o medicamento funciona ou não. As indicações de que funciona são extremamente positivas”, concluiu.