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O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano (PT), disse que os movimentos de Wilson Witzel para tentar criar uma base governista foram bruscos para tentar barrar o impeachment do governador do estado, e que somente duas secretarias do governo não foram oferecidas em troca de apoio, informa a CNN.
“Fizeram um movimento muito brusco de aproximação e até chegaram a oferecer secretarias. Ofereceram todas menos a de Desenvolvimento e da Fazenda”, disse o petista. “Como o governo não tem base, o Lucas Tristão [ex-secretário de Desenvolvimento Econômico] tentou desestabilizar a Assembleia. Vários parlamentares receberam ofertas para se tornaram líderes da base governista”.
Segundo a CNN, Tristão foi considerado um dos pivôs da deterioração da relação de Witzel com a Alerj. Frases como “deputado é como jujuba, é possível comprar em toda a esquina”, foram citadas por Ceciliano como um dos motivos da abertura do processo de impeachment de Witzel.
De acordo com Ceciliano, as ameaças de Tristão contra os deputados da Alerj ajudou no placar de 69 a 0 a favor da abertura do processo de impeachment: “Ele falou que tinha informações sobre os 70 deputados”.
Questionado sobre como imagina que irá transcorrer o processo de impeachment, Ceciliano disse não querer adiantar resultados que devem acontecer em setembro, mas disse que para o governador provar sua inocência, ele terá que “governar, governar e governar.”