Política

Lava Jato do Rio de Janeiro diz que Aras ‘não tem poder para ditar regras’

Lava Jato e Aras

Membros da força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro (RJ) enviaram um documento ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, no qual se manifestam contra o envio de informações da operação à Procuradoria Geral da República (PGR) de Augusto Aras.

Fachin é relator da ação na qual Aras pede amplo acesso a todos os documentos de investigações das forças-tarefas do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Curitiba. Inclusive os que estão sob sigilo judicial.

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A manifestação, obtida pelo jornal Folha de S. Paulo, foi assinado por 11 procuradores: Eduardo Ribeiro Gomes El Hage; Almir Teubl Sanchs; Fabiana Keylla Schneider; Felipe Almeida Bogado Leite; Gabriela de Góes Anderson Maciel Tavares Câmara; José Augusto Simões Vagos; Marisa Varotto Ferrari; Renata Ribeiro Baptista; Rodrigo Timoteo da Costa e Silva; Sérgio Luiz Pinel Dias; e Stanley Valeriano da Silva.

Eles afirmam que Aras “não tem poder hierárquico algum para requisitar informações ou ditar regras aos procuradores”.

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A requisição de informações feita pela PGR não se deu no exercício de suas atividades administrativas, mas sim para cumprimento de suas atribuições finalísticas“, escreveram os procuradores. “O que se pretende é uma verdadeira devassa, com todo o respeito. E isso, ao contrário do que argumenta a PGR, não foi autorizado pelo Plenário do Supremo”.

Durante férias do STF em julho, Toffoli concedeu medida cautelar determinando o envio dos documentos à PGR. Com a volta dos trabalhos, Fachin revogou a decisão. A PGR entrou com recurso (agravo regimental). O documento enviado pela força-tarefa do Rio de Janeiro é resposta ao recurso da PGR.

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Os procuradores dizem que Aras quer “a criação de uma Instância correicional direta e permanente, liderada pelo PGR”. O objetivo dessa Instância seria “fiscalizar quaisquer das atividades exercidas pelas forças-tarefas, tanto em relação a casos já concluídos, como em relação àqueles que estão em andamento e que eventualmente venham a ser abertos no futuro”.

A tese esposada pela PGR daria a 1 procurador-geral da República e a mais 27 procuradores-gerais de Justiça o direito de terem conhecimento de todas as informações e elementos probatórios sigilosos decorrentes de todas as investigações criminais em andamento no Brasil, independentemente de qualquer controle do Poder Judiciário”, escreveram os procuradores.

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