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Um levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas para a revista Veja, revelou que cerca de 79,1% dos cariocas são a favor do impeachment do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) que foi afastado do cargo pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Um processo para tirar o político do cargo já está em tramitação na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) desde junho quando Witzel se tornou alvo de um inquérito da PF por suspeita de desvios de verbas na saúde.
De acordo com a pesquisa, 79,1% dos cariocas apoiam o impeachment de Wilson Witzel e apenas 14,5% são contra. Não sabem ou não opinaram 6,4% dos entrevistados.
Os maiores índices registrados a favor da cassação de Witzel são entre homens (82,6%), pessoas com idades entre 25 a 34 anos (81,5%) e com Ensino Superior (83,4%). Entre os que se dizem contra destacam-se as mulheres (16,4%), pessoas com 60 anos ou mais (15,4%) e que estudaram até o ensino fundamental (18,2%). O levantamento feito por telefone, com 1.226 moradores do Rio, entre os dias 1º e 3 de setembro. O grau de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro estimada é de três pontos porcentuais, para mais ou para menos.
O impeachment de Witzel
O processo que pode tirar o mandato de Witzel no Rio, e que está ocorrendo na Alerj desde junho, é referente a supostos desvios em recursos destinados ao combate à pandemia de Covid-19 no estado, como superfaturamento na compra de respiradores e irregularidades na construção de hospitais de campanha. Somente nos últimos meses a gestão do governador já virou alvo de três operações que apuram corrupção na Saúde durante a pandemia: a Placebo e a Tris In Idem, da Polícia Federal, e a Mercadores do Caos, em âmbito estadual.
O ex-secretário de Saúde Edmar Santos fechou um acordo Procuradoria-Geral da República (PGR), na delação premiada Santos deu aos investigadores relatos que fortaleceram as apurações.
Witzel é acusado pela PGR por ter recebido 554.000 reais em propina, em um esquema que supostamente arrecadaria até 400 milhões de reais em quatro anos,o governador foi afastado do cargo por uma decisão liminar do ministro do STJ Benedito Gonçalves no último dia 28, quando foi deflagrada a Tris In Idem – o vice-governador, Cláudio Castro, assumiu o governo.
A decisão de Gonçalves foi confirmada na Corte Especial do tribunal por 14 votos a 1 na última quarta-feira (2). Entre os presos pela PF na operação estão o ex-secretário Lucas Tristão, o presidente do PSC, pastor Everaldo, e os filhos dele, Filipe Pereira e Laércio Pereira.