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A Polícia Federal (PF) afirmou nesta terça-feira (27) que não encontrou elementos para incriminar o governador afastado de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), na compra dos 200 respiradores por R$ 33 milhões com dispensa de licitação de um ‘puteiro’ no Rio de Janeiro.
Além de Moisés, dois ex-integrantes do governo também foram alvos da operação da polícia. A defesa do governador afastado informou que não vai se manifestar sobre a afirmação da PF.
O governador afastado nega envolvimento na compra dos aparelhos. Ele também é alvo de processo de impeachment por causa da aquisição desses equipamentos. Moisés foi afastado do governo catarinense nesta terça porque foi aceita uma denúncia contra ele em outro pedido de impeachment, relacionado ao aumento salarial dado aos procuradores de SC.
O governo de Santa Catarina comprou os respiradores no dia 26 de março. Cada aparelho custou R$ 165 mil, valor pelo menos 65% mais caro do que os adquiridos pela União durante a pandemia.
Sem licitação, a proposta escolhida foi da Veigamed, com sede no Rio de Janeiro (RJ). No site da empresa, os respiradores não fazem parte da lista de produtos. No entanto, de acordo com a proposta, o modelo oferecido é o medical c35.
Ao pesquisar o CNPJ da companhia, segundo dados do governo catarinense, a empresa se localiza na Rua Antônio Felix, nº 679, em uma “casa simples” no município de Nilópolis, diferente do prédio que aparece no site da Veigamed. O jornal The Intercept Brasil ligou no telefone presente no cadastro da Receita Federal e foi informado que o local correspondia a uma “casa de massagem”, ou seja, um ‘puteiro’.