Política

Moro diz ter sido atacado pelo “gabinete do ódio” e acusa Carlos Bolsonaro de ter ligação com o ‘grupo’

Em depoimento à Polícia Federal, o ex-ministro Sergio Moro afirmou que ouviu de ministros do Palácio do Planalto que o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) é ligado ao chamado “gabinete do ódio”.

As informações foram divulgadas pelo O Globo que teve acesso ao depoimento prestado em 12 de novembro no inquérito dos supostos “atos antidemocráticos”. Porém, Moro não citou nominalmente quem seriam esses ministros.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

“Indagado se tem conhecimento do envolvimento de Eduardo Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, Tercio Arnaud, José Matheus, Mateus Matos em quaisquer dos fatos ora mencionados, [Moro] respondeu que os nomes de Carlos Bolsonaro e Tercio Arnaud eram normalmente relacionadas ao denominado ‘Gabinete do Ódio’; indagado sobre como tomou conhecimento da relação de tais pessoas com o denominado ‘Gabinete do Ódio’, respondeu que tomou conhecimento por comentários entre ministros do governo; indagado sobre quais ministros citavam a participação de Carlos Bolsonaro e Tercio Arnaud no ‘Gabinete do Ódio’ respondeu que eram ministros palacianos”, diz trecho do depoimento de Moro.

“Indagado se o depoente poderia nominar tais ministros, respondeu que reforça que era 1 comentário corrente entre os ministros que atuavam dentro do Palácio do Planalto”, diz outro trecho.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

À PF, Moro recomendou o colhimento de depoimentos dos ministros palacianos: [O ex-ministro] acredita que melhores esclarecimento possam ser prestados por ministros que atuavam dentro do Palácio do Planalto; indagado sobre quem seriam os ministros, respondeu que seria possível obter melhores esclarecimento, por exemplo com o Secretário de Governo, o Ministro do Gabinete de Segurança Institucional, e o Secretário de Comunicação, uma vez que o depoente trabalhava fora do Palácio do Planalto”.

O inquérito sobre os supostos atos antidemocráticos foi aberto a pedido do PGR Augusto Aras. O relator da investigação no STF é o ministro Alexandre de Moraes.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

No depoimento, Moro ainda disse que foi alvo de ataques do gabinete do ódio após ter deixado o governo: [Moro] esclareceu que quando de sua saída do Ministério de Justiça ocorreram diversos ataques contra sua pessoa em redes sociais; que chegou ao seu conhecimento que tais ataques eram oriundos do denominado ‘Gabinete do ódio’; Indagado se pode nominar as pessoas responsáveis pela a prática de tais condutas, direta ou indiretamente, respondeu que não sabe denominar”.

Moro disse não ter conhecimento se servidores públicos são empenhados nessas atividades, mas defendeu a necessidade de a PF apurar isso.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Em depoimento prestado anteriormente no mesmo inquérito, Carlos Bolsonaro negou que orquestrasse supostos ataques” a autoridades nas redes sociais por meio de terceiros.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

© 2024 Todos os direitos reservados Gazeta Brasil.

Sair da versão mobile